Mesmo recebendo recursos federais, secretária diz que Petrolina está sendo descriminada

Da Redação
Todos os meses o Governo Federal, através do Ministério da Saúde,  destina recursos para todos os municípios do país. A verba é depositada nas contas sem atraso. Em muitas delas o povo não vê a cor do dinheiro a exemplo de não ter médicos, medicamentos e equipamentos nos postos de saúde. No caso especifico de Petrolina, as denuncias são as mais variadas na imprensa por pessoas carentes que não conseguem atendimento e ainda são humilhadas por funcionários mal humorados.
A briga entre o município de Petrolina e o Estado de Pernambuco tem gerado grande polêmica. Com a decisão da justiça em cassar o mandato do prefeito Júlio Lóssio (PMDB) o clima piorou. Nos próximos dias, a oposição na Casa Plínio Amorim promete apresentar denúncias graves relacionadas ao destino dos recursos da saúde.
Enquanto isso, a secretária municipal, Lúcia Giesta envia nota à imprensa fazendo acusações contra o Governo Eduardo Campos.
Veja abaixo:

Por Lúcia Giesta, secretária de Saúde de Petrolina

A democracia pressupõe a convivência dos opostos. Na administração pública precisamos garantir os princípios democráticos nas relações entre entes federados. Infelizmente, o governo de Pernambuco parece não ter atingido maturidade suficiente para conviver com as diferenças de posição política. Senão vejamos.

O Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tem financiamento de custeio tripartite sendo 50% governo federal, 25% governo estadual e 25% governo municipal.

Em 2011 foi constatado que o governo do estado possuía divida de sua contrapartida de custeio de anos anteriores, com Samu dos municípios de Caruaru e Petrolina de aproximadamente 2 milhões. Os dois municípios solicitaram ao estado quitação de tal dívida.

Caruaru, que tem gestão politicamente alinhada ao governo Eduardo Campos, foi atendida com repasse de R$ 921.000,00 em novembro de 2011. Já Petrolina que tem seu prefeito como um dos poucos a terem coragem de assumir oposição política ao governo, não foi tratada com a mesma atenção e ate hoje aguarda a quitação do debito de R$ 1.254.500,00.

A dívida é institucional e possui Convênio de nº 175/2011 para repasse deste recurso, assinado em novembro de 2011 pelo Secretário da Saúde do Estado e Prefeito Municipal. Apesar do reconhecimento da divida e das inúmeras cobranças feitas pelo município para cumprimento do Convenio em questão, nenhum valor foi repassado até o momento, deixando a população de Petrolina em situação de fragilidade com o serviço do SAMU.

Ao tratar iguais de maneira desiguais o governo estadual fere princípios fundamentais da gestão pública.

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