Ministro enfrenta protesto contra privatização da Chesf no Fórum Nordeste 2017

Foto: Léo Motta/JC Imagem
Foto: Léo Motta/JC Imagem

Cerca de 10 funcionários da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) fizeram um protesto contra a privatização da estatal nesta segunda-feira (25), no Fórum Nordeste 2017. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, dissidente do PSB, afirmou que que está aberto ao diálogo sobre o assunto.

Sem saber como ficarão seus cargos e alguns serviços da estatal, os manifestantes conversaram com o ministro do governo Michel Temer (PMDB). Fernando Filho disse que iria até a Chesf esclarecer as dúvidas, desde que o debate não tivesse teor político e nem que seja motivo de palanque.

Além do ministro de Minas e Energia, também esteve presente no evento sobre o setor sucroenergético o governador Paulo Câmara (PSB), o prefeito Geraldo Julio (PSB) e os ministros Bruno Araújo (Cidades) e Mendonça Filho (DEM).

Não é a primeira vez que o ministro reclama que venda da Chesf e Eletrobras seja usada como palanque político. Durante sua visita no Estaleiro Atlântico Sul no último dia 11, Fernando Filho afirmou que não está nos planos do governo tirar a Chesf do plano de desestatização da Eletrobras. O ministro também rebateu críticas feitas sobre a privatização da subsidiária do Nordeste.

“Isso não está nos planos do governo. Se fizermos uma excepcionalidade, vamos sofrer pressão para fazer em outras regiões do País também”, comentou o ministro de Minas e Energia. E completou dizendo que o plano é de incluir como responsabilidades da futura concessionária da Chesf a revitalização do Rio São Francisco.

Debate no Senado

O ministro vai participar nesta terça-feira (26) da sessão conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Fernando Filho deve debater com os senadores a proposta de privatização da Eletrobras, que está marcada para ocorrer às 8h30.

O requerimento de realização da audiência foi apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e subscrito pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), que é pai do ministro, Jorge Viana (PT-AC) e Hélio José (PMDB-DF).

“Dada a relevância do anúncio feito pelo governo, que inevitavelmente redundará em maiores custos ao contribuinte, além de colocar em xeque o emprego de milhares de trabalhadores, não há que se conceber o fato de o Parlamento brasileiro tomar conhecimento de tais medidas apenas pela imprensa”, justificou Vanessa no requerimento.

O tema já vem sendo discutido pelos senadores, no Plenário e em comissões. Na terça-feira (19), houve audiência pública com especialistas do setor elétrico na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Com informações da Agência Senado

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