Mudanças na Divisão de Homicídios são temporariamente suspensas
Bastidores revelam que a motivação é o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista dela Anderson Gomes, há nove meses
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio – As mudanças anunciadas pela Polícia Civil para as delegacias de homicídios do estado, como O DIA antecipou mês passado, foram suspensas por enquanto. Nos bastidores, a motivação é o assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista dela Anderson Gomes, mortos há nove meses.
Como o caso ainda não foi concluído, a nova gestão não quer mudar as equipes para que a investigação continue do ponto onde está, uma vez que já há indícios dos executores e do mandante dos assassinatos. Mudando o trabalho de mãos o crime levaria mais tempo para ser elucidado. O inquérito tem 18 volumes com 250 páginas cada.
Portanto, permanece à frente dessa investigação e da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) o delegado Giniton Lages. O pedido para manter as equipes nas especializadas foi do delegado Antônio Ricardo Nunes, novo diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) ao secretário da Polícia Civil Marcus Vinícius Braga. A decisão, inclusive, já teria sido comunicada ao governador Wilson Witzel (PSC), que teria concordado. O DGHPP é antiga Divisão de Homicídios, que foi dirigida pelo delegado Fábio Cardoso, que ainda está sem cargo.