‘Não há intenção de tirar nenhum ministro investigado’, afirma Jucá

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou, em entrevista à Rádio Jornalnesta quinta-feira (11), que o governo do presidente Michel Temer não tem “intenção de tirar nenhum ministro investigado” com os desdobramentos de novas investigações que atingem os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia).

“Eu saí porque era importante naquela situação e saí para ser líder do governo”, afirmou Jucá, que deixou o Ministério do Planejamento após a revelação de conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre um pacto para deter a Operação Lava Jato. Ficou famosa a expressão do senador sobre “estancar a sangria” em referência à força-tarefa.

Romero Jucá voltou a criticar o que chama de “criminalização da política” e afirmou que “se investe contra políticos sem nenhum tipo de provas”. Esse discurso vem sendo utilizado por Michel Temer que é investigado no inquérito do Decreto dos Portos. Citando as investigações as quais tem o nome envolvido, o senador disse que “três delas foram arquivadas” e que não há receio dele sobre as implicações da Lava Jato.

“Não tenho nenhum temor da Lava Jato”, disse o líder do governo no Senado que elogiou a força-tarefa por “prestar um grande serviço ao Brasil”, mas ressaltou que “algumas ações do Ministério Público padecem do excesso de força”. Na avaliação do emedebista, a operação “deveria ter mais cuidado nos seus procedimentos”.

“A Operação Lava Jato mudou o paradigma do financiamento público no Brasil, da condução de campanha. Tem uma contribuição importante. Agora, algumas ações do Ministério Público padecem do excesso de força, de irresponsabilidade por conta de algum tipo de acusação que, em tese, não deveria ser colocada da forma como é”, afirmou.

Para o senador, “não adianta investir contra a Lava Jato” no momento porque a força-tarefa será analisada depois de sua conclusão. Ainda de acordo com o parlamentar, a operação “ajuda a melhorar a política”, mas quando “se nivela” todos os políticos pode terminar na busca por uma “aventura que não resolve os problemas do País”.

“Mas tudo isso será analisado depois da Operação Lava Jato. Eu acho que agora não adianta investir contra a Lava Jato que tem suas qualidades, foi e é importante, ajuda a melhorar a política. Porém, quando se nivela e generaliza, coloca a política no vão muito ruim e termina levando à tentativa de buscar uma aventura que não resolve os problemas do País”, disse.

Confira a entrevista na íntegra

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