O Falso Crítico: Análise do Ex-Prefeito e suas Acusações ao Governo Andrei
Redação
Depois que a reportagem do AP publicou uma nota assinada pelo ex-prefeito Isaac Carvalho, tecendo duras criticas contra os 100 dias de administração do prefeito Andrei Gonçalves, a reportagem recebeu texto do cidadão juazeirense Cristiano Araújo criticando o ex-gestor. Confira:
Opinião
Chega a ser hipocrisia a crítica do ex-prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho que, apesar de seu próprio histórico questionável de gestão, tem utilizado as redes sociais para atacar os primeiros 100 dias do Governo Andrei. O legado problemático deixado por sua administração, suas falhas estruturais, obras de qualidade duvidosa, práticas autoritárias e o isolamento político atual deste ex-gestor. Uma análise necessária para contextualizar as críticas vazias de quem deixou a cidade em situação precária.
A Ausência de Obras Estruturantes: Dois Anos de Promessas Vazias
É realmente impressionante a audácia com que o ex-prefeito de Juazeiro se atreve a criticar os 100 dias da gestão Andrei quando seu próprio governo foi marcado por uma inércia constrangedora nos primeiros dois anos. Nem mesmo uma simples ponte molhada – obra básica que qualquer administração minimamente competente seria capaz de executar – saiu do papel durante esse período. E este mesmo sujeito agora cobra resultados imediatos da nova gestão?
O que vimos naquele período foi uma sequência interminável de promessas grandiosas que jamais se materializaram, enquanto a população aguardava pacientemente por melhorias que nunca chegaram. Enquanto discursos pomposos eram proferidos em eventos oficiais, a realidade nas ruas era de absoluto abandono e descaso com as necessidades mais básicas dos juazeirenses.
Promessas Não Cumpridas – Durante dois anos completos, a administração de Isaac Carvalho, não entregou uma única obra estruturante significativa, apesar das inúmeras promessas feitas durante a campanha eleitoral e reiteradas em pronunciamentos oficiais.
Prioridades Equivocadas – Em vez de focar em infraestrutura básica e serviços essenciais, o ex-prefeito priorizou eventos e obras cosméticas que pouco contribuíram para o desenvolvimento real da cidade e o bem-estar da população.
Desculpas Constantes –A justificativa para a falta de execução sempre recaía sobre terceiros – ora era culpa do governo estadual, ora do federal, ora da oposição, mas nunca da própria incompetência administrativa evidente aos olhos da população.
É, no mínimo, uma demonstração de desfaçatez questionável que este mesmo personagem agora se coloque como crítico de uma administração que, em apenas 100 dias, já demonstra mais compromisso com a cidade do que ele em anos de mandato. Como diz o ditado popular citado: “macaco não olha pro rabo” – ou seria muito constrangedor para o ex-prefeito encarar seu próprio reflexo no espelho da incompetência administrativa.
Obras Duvidosas e Intervenções Urbanas Desastrosas
Quando finalmente começaram a sair do papel, as tão esperadas “obras” da gestão Isaac Carvalho, revelaram-se verdadeiros monumentos à incompetência e ao desperdício de recursos públicos. A qualidade técnica das intervenções foi tão questionável quanto a lógica por trás delas, resultando em “soluções” que criaram mais problemas do que resolveram.
O exemplo mais gritante foi o infame estreitamento de ruas e avenidas importantes da cidade, como ocorreu na Piranga1 e no Argemiro. Que tipo de “planejamento urbano” consiste em reduzir o espaço de vias já congestionadas? O resultado previsível foi o agravamento do trânsito, desvalorização de imóveis nas áreas afetadas e transtornos diários para milhares de cidadãos. Seria cômico, se não fosse trágico para quem precisa enfrentar esse caos cotidianamente. Ainda durante seu reinado, quantos empresários deixaram de investir na cidade na construção de imóveis devido as dificuldades imputadas.
Anúncio das Obras – Com grande alarde midiático, o ex-prefeito anunciava intervenções “modernizadoras” nas principais vias da cidade, prometendo melhorias na mobilidade urbana.
Execução Precária – As obras foram realizadas com materiais de baixa qualidade, sem estudos técnicos adequados e com evidentes falhas de planejamento, como o incompreensível estreitamento de vias já saturadas tirando mais ainda a qualidade de vidas das pessoas.
Resultados Desastrosos – Em vez de melhorar, o trânsito piorou significativamente. Ruas importantes como a Piranga1,Argemiro, avenida Propriá tornaram-se símbolos do fracasso de planejamento urbano, com congestionamentos constantes. Ainda em seus ‘anos dourados’ de governo foram deixadas falhas aberrantes na execução do projeto de Intervenção Urbana através do PAC 2, executado em 12 bairros de Juazeiro com pavimentação de ruas e avenidas. Na avenida Giuseppe Muccini, que tem aproximadamente 4 mil metros de extensão, o calçadão que deveria servir de área de esporte e segurança foi estreitado.
Negação dos Problemas – Mesmo diante do óbvio fracasso das intervenções, a administração negava-se a reconhecer os erros e a buscar soluções para os problemas criados por suas próprias decisões.
A falta de planejamento técnico adequado, somada à pressa em entregar “qualquer coisa” que pudesse ser fotografada e divulgada como realização, resultou em um cenário urbano caótico que os juazeirenses continuam enfrentando. Enquanto isso, o ex-prefeito, confortavelmente distante dos problemas que criou, tem a audácia de criticar uma gestão que mal começou e já demonstra mais seriedade no trato com a coisa pública.
A Face Autoritária e o Isolamento Político
Privatização do Carnaval e Perseguição aos Pequenos – Se havia algo em que o ex-prefeito se destacava era na capacidade de transformar eventos populares em oportunidades de negócio para poucos privilegiados, enquanto sufocava os pequenos comerciantes que lutavam para sobreviver. O caso mais emblemático foi a vergonhosa privatização do Carnaval de Juazeiro – uma festa tradicionalmente popular que, sob sua gestão, tornou-se um balcão de negócios excludente.
Enquanto celebrava contratos milionários com grandes empresas, o mesmo gestor comandava uma verdadeira caça às bruxas contra os vendedores ambulantes – justamente aqueles trabalhadores humildes que encontram na festa popular uma rara oportunidade de renda extra. As cenas de mercadorias sendo apreendidas por fiscais, muitas vezes de forma truculenta, mancharam a imagem da cidade e revelaram a face mais cruel daquela administração.
Privatização da Festa Popular – O Carnaval, tradicionalmente uma celebração popular acessível a todos, foi transformado em evento excludente, com áreas privatizadas e acesso restrito a quem pudesse pagar valores exorbitantes.
Taxas Exorbitantes –Para vender bebidas durante o evento, os pequenos comerciantes eram obrigados a pagar taxas absurdamente altas, claramente projetadas para favorecer grandes empresas e afastar os pequenos empreendedores locais.
Postura Ditatorial – Mesmo após o fim de seu mandato, o ex-prefeito resistiu em deixar o cargo, comportando-se como um ditador que se recusava a aceitar o processo democrático de alternância de poder sentado na cadeira de seu sucessor. A sua postura sufocou o ex-prefeito Paulo Bomfim com parentes dentro da prefeitura fiscalizando as ações do ex-gestor e assim causando sérios problemas à cidade e a máquina administrativa.
Do Poder ao Isolamento: A Queda de um Político Inelegível
O destino é realmente irônico. Aquele que outrora desfilava pelos corredores do poder como se fosse seu proprietário perpétuo, hoje amarga o mais completo isolamento político. O ex-prefeito que não hesitou em “peitar” até mesmo o governador durante as últimas eleições, como se fosse o dono absoluto dos votos dos juazeirenses, agora vê-se abandonado, inelegível e sem qualquer relevância no cenário político local.
Em um ato de suprema arrogância, acreditou que poderia dobrar a vontade do povo de Juazeiro à sua própria, como se os cidadãos fossem meras marionetes em seu teatro político pessoal quando colocou um parente, como candidato a prefeito laranja. O resultado não poderia ser mais previsível: o eleitor, cansado de autoritarismo e promessas não cumpridas, virou-lhe as costas. Agora, sem poder de fato, resta-lhe apenas o espaço virtual para despejar suas frustrações e ressentimentos.
Arrogância no Poder – Durante seu mandato, o ex-prefeito comportava-se como dono da cidade, ignorando críticas, desprezando a opinião pública e tratando opositores como inimigos a serem eliminados do cenário político.
Enfrentamento com o Governador – No auge de sua megalomania política, chegou a desafiar abertamente o governador durante o período eleitoral, acreditando-se mais poderoso e influente do que realmente era, numa demonstração clara de desconexão com a realidade.
Rejeição Popular – O resultado desta postura foi o crescente descontentamento popular, culminando em uma rejeição eleitoral que selou seu isolamento político e revelou a fragilidade de sua suposta base de apoio. Hoje, inelegível e abandonado por antigos aliados, resta-lhe apenas o uso das redes sociais como último refúgio para atacar aqueles que estão efetivamente trabalhando para reverter o cenário de abandono que ele próprio ajudou a criar em Juazeiro.
É quase patético observar como este mesmo indivíduo, que não conseguiu construir um legado positivo durante seu tempo à frente da prefeitura, agora se dedica a criticar os primeiros 100 dias de uma gestão que mal começou. Enquanto o Governo Andrei trabalha para reconstruir uma cidade abandonada e resgatar a dignidade de um povo esquecido, o ex-prefeito dedica-se a disparar críticas vazias das profundezas de seu isolamento político.
A lição é clara: quem semeia autoritarismo, arrogância e desrespeito, colhe abandono e irrelevância. O povo de Juazeiro merece e agora finalmente ter novos dias, com uma administração que parece compreender que governar é servir ao cidadão, não se servir do poder. Quanto ao crítico das redes sociais, resta-lhe o amargor de ver seus erros sendo corrigidos e sua cidade finalmente avançando sem ele.
Por Cristiano Araújo