O santo: Bruno Araújo diz em nota que delatores da Odebrecht não o incriminam

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), divulgou nota nesta quinta-feira (13) dizendo que, ao contrário do que a imprensa deu a entender – os dois delatores da Odebrecht – Cláudio Melo Filho e João Pacífico – não lhe fizeram qualquer acusação no campo moral.

O ministro foi acusado de receber R$ 600 mil dessa empreiteira para suas campanhas de 2010 e 2014, confirma o recebimento dos recursos, mas nega que tenha sido fruto de propina.

Confira a íntegra da nota do ministro:

Os áudios e os vídeos dos delatores mostram uma dissociação em relação ao que me foi imputado e os fatos relatados. Com absoluta clareza, fui citado apenas em atividades inerentes à atuação parlamentar como a marcação de uma audiência e uma conversa sobre temas que beneficiavam a minha região, Nordeste do Brasil.

Cláudio Melo Filho foi claro ao afirmar que a minha relação com a empresa era puramente institucional, sem qualquer contrapartida, descaracterizando qualquer tipo de ilação à corrupção. Da mesma forma, João Pacífico Ferreira informa que desconhece qualquer ação parlamentar minha em favor da empresa em questão.

Por último, o sentimento é ainda de surpresa com as imputações que me foram feitas. Mas, diante do que está exposto, tenho convicção de que tudo ficará devidamente esclarecido.
Apelidado de “Jujuba”, Bruno Araújo era, segundo João Pacífico, uma “aposta” da empreiteira para o futuro, tanto que foi líder da bancada federal do PSDB e hoje é ministro de estado.

João Pacífico Ferreira era diretor superintendente da Odebrecht nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, cabendo-lhe fazer o “link” entre ela e os políticos dessas três regiões.

“Bruno Araújo é um político jovem, foi deputado estadual, hoje é deputado federal. Eu o conheço desde quando era adolescente. Tenho relações com a família dele, conheço o pai, irmãos”, disse João Pacífico.

O tucano é um dos oito ministros do presidente Michel Temer que tiveram a instauração de inquérito autorizada pelo ministro Edson Fachin (STF) com base na delação premiada de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Ele será investigado pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

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