OMS convoca reunião de emergência por causa das mutações e aumento de casos da Covid-19

Aumento de infectados pela pandemia e mutações da Covid-19 fizeram a OMS convocar para esta quinta-feira (14) uma reunião de seu comitê de emergência. A organização registra um número recorde de casos por semana

OMS cita "discussão urgente" sobre a pandemia
OMS cita “discussão urgente” sobre a pandemia (Foto: Reuters | Agência Brasil)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para esta quinta-feira (14) uma reunião de seu comitê de emergência por causa do aumento da quantidade de novos infectados pelo coronavírus e diante do surgimento de mutações do vírus, com maior capacidade de transmissão. A entidade registra um número recorde de casos por semana – 5 milhões – e um total de 92 milhões de infectados e 2 milhões de mortes. Também foi identificada uma nova mutação em cerca de 50 países, incluindo o Brasil.

O comitê se reúne apenas a cada três meses. Mas o diretor-geral Tedros Ghebreyesus indicou, em uma carta, que questões “urgentes” exigiam o novo encontro. A meta será a de buscar respostas sobre a situação das novas cepas e tentar desenhar novas medidas, de acordo com informações publicadas pela coluna de Jamil Chade.

Num comunicado, a OMS destacou que a reunião iria “considerar problemas que precisam de uma discussão urgente”. Entre os assuntos que serão discutidos estão as “recentes variantes e o uso da vacinação e certificados de testes para viagens internacionais”.

Em seu último informe semanal, a OMS mencionou o caso da variante identificada no Brasil e como ela teria sido identificada no Japão. De acordo com a instituição, existe a possibilidade de um impacto na capacidade de transmissão.

“Em 9 de janeiro, o Japão notificou a OMS sobre uma nova variante do SARS-CoV-2 dentro da linhagem B.1.1.28 detectada em quatro viajantes que chegavam do Brasil”, indicou o informe da agência internacional.

Segundo a OMS, “esta variante tem 12 mutações para a proteína, incluindo três mutações em comum com VOC 202012/01 e 501Y.V2, ou seja: K417N/T, E484K e N501Y, que podem impactar a transmissibilidade e a resposta imune”.

“Pesquisadores no Brasil relataram adicionalmente o surgimento de uma variante similar também com uma mutação do E484K, que provavelmente evoluiu independentemente da variante detectada entre os viajantes japoneses. A extensão e o significado para a saúde pública dessas novas variantes requerem investigação adicional”, admitiu a agência.

A Fiocruz apontou que a nova variante do coronavírus encontrada em pacientes japoneses tem origem no Amazonas.

O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (8,2 milhões), atrás de Índia (10,5 milhões) e Estados Unidos (23,6 milhões). O governo brasileiro também registra a segunda maior quantidade de mortes (206 mil) provocadas pela pandemia. Só perde para os EUA (393 mil).

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *