Pais fazem campanha para comprar canabidiol para menina de 4 anos

A menina Maria Sofia está sendo tratada com canabidiol
A menina Maria Sofia está sendo tratada com canabidiol Foto: Arquivo pessoal
Diana Figueiredo

Os pais de Maria Sofia Alencar, de 4 anos, tiveram a vida virada pelo avesso há pouco mais de um mês quando a menina, que até então nunca ficado seriamente doente, passou mal na escola e teve uma série de convulsões ao chegar no hospital. Os médicos ainda lutam para descobrir que doença acomete a criança, mas o neuropediatra recomendou o uso de um medicamento à base de canabidiol, substância presente na maconha, para diminuir as crises.

— Ele chegou a ter convulsões com dois minutos de intervalo entre uma e outra, e o cérebro não conseguia se recuperar. O estado dela é muito grave. Agora, está tomando nove medicamentos anticonvulsivos,m incluindo o canabidiol — explica o pai da menina, Rodrigo Alencar, de 34 anos.

Com a recomendação médica, os pais conseguiram o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o remédio no último dia 15. Enquanto não conseguiam importar o remédio par a filha, pais de outras crianças que fazem uso do canabidiol emprestaram frascos para a família dar início ao tratamento. Segundo o pai, Sofia apresentou uma melhora, e os médicos conseguiram diminuir a sedação dela.

Como o medicamento ainda é caro eles começaram uma campanha na internet para solicitar ajuda financeira para o tratamento. Eles conseguiram pouco mais de R$ 10 mil. A menina está em coma induzido num hospital particular, que paga pelo medicamento, mas quando ela for para casa os pais terão que arcar com os custos. Atualmente, ela usa 15 frascos por mês. Cada um custa 90 dólares (R$ 320), representando um gasto de R$ 5.400.

Maria Sofia com o pai Rodrigo Alencar
Maria Sofia com o pai Rodrigo Alencar Foto: Arquivo pessoal

Rodrigo torce pela recuperação da filha e explica que o medicamento demora a fazer efeito. Ele também se preocupa com o tratamento dela.

— O hospital vai pagar o remédio durante a internação, mas vamos guardar o dinheiro porque quando ela sair vamos precisar. Podemos entrar na Justiça para que o governo pague, mas famílias que ganharam ainda não conseguiram receber — conta.

O pai também diz que não é a favor do uso recreativo da maconha, mas defende que o governo brasileiro libere a produção da maconha para uso medicinal no país, para que os custos fiquem menores.

Fonte: Extra

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