Paralisia de Bell: entenda o tratamento contra a doença que acomete a apresentadora Fernanda Gentil

Artista revelou que começou a sentir os primeiros sintomas, como a boca dormente, dias após o Carnaval

Fernanda Gentil
Fernanda Gentil – Foto: Reprodução/Instagram

A apresentadora Fernanda Gentil, 37 anos, compartilhou em suas redes sociais que foi diagnosticada recentemente com Paralisia de Bell, condição caracterizada por uma fraqueza súbita nos músculos de uma metade do rosto, e que os movimentos ainda não voltaram ao normal.

Ela afirma que começou a sentir alguns dos sintomas após o Carnaval quando foi buscar o filho, Gabriel, no aeroporto, e ao dar beijos no garoto, ela sentiu sua boca dormente.

“Quando ele chegou, obviamente agarrei, abracei, espremi, comecei a dar vários beijos nele de saudade e senti que fiquei com a boca um pouco dormente. No dia seguinte, fui visitar meus afilhados. Chegando lá, de novo com crianças. Beija aqui. Beija ali. Chamego. Senti de novo um incômodo na boca”, disse ela que foi procurar um médico e foi diagnosticada com a condição.

Apesar da paralisia ter um tratamento natural, há caminhos que ajudem a diminuir o tempo de duração da doença, principalmente se ela começar nos primeiros dias de sintomas. A fisioterapia, por exemplo, é uma das opções mais recomendadas pelos médicos, pois ajudam a exercitar os músculos e nervos da face que estão infeccionados.

Os olhos também são uma região um pouco mais sensível no caso da paralisia, pois existe um risco de lesões oculares permanentes da córnea caso o olho fique excessivamente seco. Para isso, o aconselhado é usar lágrimas artificiais que ajudem a manter a área úmida.

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Há também o tratamento com corticoides, caminho usado pela maioria das pessoas que são diagnosticadas com paralisia de Bell. Eles ajudam a reduzir o inchaço e melhoram as chances de se recuperar completamente. Medicamentos antivirais (por exemplo, aciclovir, valaciclovir) são por vezes utilizados em conjunto com glicocorticoides, especialmente quando a fraqueza facial é grave.

O que é a doença?
A paralisia de Bell, também chamada de paralisia facial periférica, é relativamente rara com menos de 150 mil casos por ano no Brasil podendo acometer todas as pessoas de qualquer idade. Também é improvável que ocorra mais de uma vez em uma pessoa e geralmente se resolve por conta própria em até seis meses, entretanto, a fisioterapia pode ajudar a impedir que os músculos se contraiam de forma permanente.

A condição é causada por uma inflamação do nervo da face, que é responsável por levar os comandos do cérebro até a região, permitindo os movimentos do rosto. Essa infecção pode ser ocasionada por infecções virais, como uma herpes, e por condições imunológicas, em que o sistema de defesa do organismo acaba por atacar o próprio corpo.

Entre as reações da paralisia estão a perda de movimentos, o enfraquecimento da musculatura da face, dificuldade em realizar atividades corriqueiras como sorrir ou piscar e diferenças estéticas no rosto, já que um dos lados fica completamente relaxado, enquanto o outro se movimenta de forma normal.

Como esses sinais são muito parecidos com um início de AVC e de outras condições médicas de maior gravidade, é importante ir com urgência a um pronto-socorro para ser examinado e o profissional revelar o diagnóstico correto.

Sintomas
Além dessas manifestações já citadas, a paralisia de Bell pode ter sintomas iniciais mais simples como uma dor de cabeça, dores atrás dos olhos, problemas com a dicção, dificuldade em sentir o gosto e mastigar algumas comidas, salivação excessiva, levando o paciente a babar. Pode apresentar ainda um ruído alto no ouvido causando desconforto, condição chamada de hiperacusia.

Por ser uma condição que afete a aparência do rosto, um sinal claro de quem sofre de paralisia de Bell é a reclusão e o distanciamento de sua vida social com receio de sofrerem rejeição por seus semelhantes.

A maioria dos diagnosticados com a doença se recuperam completamente em um período de um a nove meses. São poucos os casos de sequelas ao longo da vida. É importante começar o tratamento precocemente, entre dois a três dias do início dos sintomas, pois garante um encurtamento da duração dos sintomas e diminui os riscos de sequelas.

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