População de Surubim chama bispo de assassino após enterro do Pe. Geraldo de Oliveira

O Bispo Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena da Diocese de Nazaré da Mata, Pernambuco, precisou de proteção policial, após o enterro do padre Geraldo de Oliveira, em Surubim, PE.

A população utilizou palavras de baixo calão e responsabilizou o bispo pela morte do Padre. Ele foi chamado de assassino, omisso e chegou a ser puxado pelas vestes, e precisou ser escoltado para não sofrer agressão.

O pároco Geraldo foi encontrado morto dentro da igreja de São Sebastião na quarta-feira (3), e populares suspeitam que ele tenha tirado a própria vida. Ele deixou uma carta-testamento de quatro páginas, responsabilizando dois colegas de sacerdócio pelo ato. O conflito era antigo.

Ao longo do sepultamento, o bispo demonstrava estar constrangido. Ainda sem o resultado das investigações da Polícia, a população e família do Padre Geraldo, suspeitam que foi um ato pensado.

 A fala do bispo Dom Francisco na missa exequial (de expiação) celebrada na igreja onde aconteceu a tragédia, não mencionou suicídio. Mas todo o sentido das palavras ditas com insegurança, conduziam a essa constatação. A polícia também não trabalha com outra hipótese. Entretanto, as dúvidas em torno do caso aumentam a cada instante.

PADRES ACUSADOS FOGEM

Os padres Severino e Amaro, da paróquia de São Sebastião, em Surubim, foram duramente acusados pelo padre Geraldo de Oliveira em sua carta-testamento como responsáveis pela situação insustentável em que se encontrava. As humilhações e agressões sofridas por ele foram o provável motivo de sua morte. Após a divulgação do teor da carta, ambos sumiram do município. Onde estão? Fugiram? Estão sendo escondidos pela diocese? Essa fuga é mais um mistério que cerca uma morte inusitada, aparentemente fácil de decifrar porém cercada de dúvidas por todos os lados. Os indícios levam à conclusão que a polícia elegeu como única hipótese a investigar: suicídio.

Fonte: Blog PE24H