Preço do material escolar requer atenção e pesquisa
Com aumento variando de 8% a 10% e preço de mesmo produto oscilando até mais de 200%, especialistas orientam consumidor a pesquisar
Por: Eduarda Barbosa
Um dos maiores gastos para os consumidores no início do ano é o custo com o material escolar. O período intenso de compra dos artigos tem início neste mês e as maiores procuras são pelos bons preços e descontos oferecidos. Para uma economia, a pesquisa é essencial, principalmente, diante da expectativa de aumento no preço dos produtos.
A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima que os materiais escolares estão entre 8% e 10% mais caros em relação ao ano passado. Segundo a Abfiae, os principais fatores que levaram ao impacto no reajuste foram as elevações nos preços de matérias-primas como o papel e o plástico. Além disso, a flutuação do dólar ao longo de 2018 influenciou os artigos que são importados, como estojos e mochilas. A entidade ainda explicou que a elevada carga tributária, em torno de 40%, também onerou os materiais no Brasil.
A gerente do Varejão do Estudante – no centro do Recife -, Carolina Tavares, informou que os livros apresentam reajustes anuais há alguns anos. “Os preços dos livros tiveram reajustes, em média, de 10%”, informou Carolina.
Diante desse cenário, o educador financeiro Arthur Lemos destacou a importância do consumidor ficar atento se está conseguindo a melhor oferta da escola ou do fornecedor. “Uma das dicas é pesquisar os preços e também organizar compras coletivas. Ou seja, os pais podem se juntar e negociar descontos de vários livros junto à editora. Essa compra conjunta aumenta o poder de negociação”, indica o educador.
Comprar no ‘Sebo’ pode ser opção
A pesquisa foi a primeira atividade que a gerente administrativa Erika Alves fez logo no início do ano. Mãe de João Guilherme, de 13 anos, Erika conseguiu economizar mais de R$ 800 com livros comprados na Praça do Sebo, no centro do Recife. “Peguei a lista dos livros ainda em dezembro e já estou atrás dos descontos. No Sebo, eu consegui uma economia na compra de livros usados, já que a disparidade de preço para os livros novos é realmente grande”, disse Erika.
Pelo Sebo, os descontos podem chegar a 70%. “Quando compramos livros novos na editora, ganhamos um desconto pequeno, por isso não conseguimos repassar para o consumidor um valor muito baixo. Agora, se os livros forem usados, a pessoa pode economizar bastante”, explicou a sebista, Catia Sales.
Troca-troca de livros
Para promover também economia aos consumidores, o Sesc deu início à campanha de arrecadação para a 14ª edição da Feira do Troca-Troca de Livros. Até o dia 16 de janeiro, as pessoas podem entregar livros nas bibliotecas do Sesc Santa Rita, Santo Amaro, Casa Amarela e Piedade. Para cada livro trocado, a pessoa receberá uma ficha e no dia 19, das 8h às 11h, no Ginásio do Sesc Santo Amaro, poderão trocar por outros livros.
Pagamento
As formas de pagamentos oferecidas pelos estabelecimentos são variadas. Por isso, é preciso o consumidor analisar suas finanças. Uma das dicas é usar o parte do 13º salário desde que não tenha nenhuma dívida.