Prisão do “Rei do Lixo” provoca pânico na Prefeitura de Salvador

Marcos Moura é uma figura influente no União Brasil

Marcos Moura
Marcos Moura (Foto: Reprodução)
A prisão do empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo da Bahia”, pela Polícia Federal (PF), desencadeou uma onda de apreensão na Prefeitura de Salvador. Moura é dono da MM Consultoria Construções e Serviços, empresa que mantém contratos bilionários com a administração municipal e com prefeituras comandadas pelo partido União Brasil. O caso foi reportado inicialmente por Igor Gadelha, do Metrópoles.

A ação, que integra a Operação Overclean, foi deflagrada na terça-feira (11) e também levou à prisão Flavio Henrique Pimenta, diretor de Administração da Secretaria Municipal de Educação de Salvador. Pimenta é acusado de vazar informações privilegiadas para empresas envolvidas no esquema. Ele foi exonerado do cargo no mesmo dia. Segundo fontes, a investigação já começa a alcançar o nível operacional da prefeitura, elevando os temores de que o caso possa atingir diretamente o prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Esquema e influência política

Marcos Moura é uma figura influente no União Brasil e possui relações estreitas com lideranças do partido, como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto e o presidente nacional da sigla, Antônio Rueda. A MM Consultoria, especializada em serviços de limpeza urbana, foi um dos alvos das buscas realizadas pela PF. O empresário é acusado de liderar um esquema que envolve fraudes em contratos e lavagem de dinheiro.

Outro implicado na Operação Overclean foi Francisquinho Nascimento, primo do líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento. Durante a abordagem policial, Francisquinho foi flagrado tentando se livrar de uma sacola contendo R$ 200 mil, que jogou pela janela de sua residência.

Apreensão na gestão municipal

A ação da PF causou rebuliço no alto escalão da Prefeitura de Salvador. Gestores temem que o desdobramento das investigações revele mais conexões entre o empresário e contratos suspeitos com a administração municipal. Fontes próximas ao governo relatam que o temor é de que a investigação avance na direção do prefeito Bruno Reis, que lidera uma das principais capitais administradas pelo União Brasil.

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