Projeto do vereador Anibal Araújo valorizando a cultura raiz do Samba de Véio do Rodeadouro é aprovado

Redação

O projeto de autoria do vereador Anibal Araújo (PTC), valorizando a cultura raiz no município de Juazeiro foi aprovado durante sessão extraordinária na Casa Aprígio Duarte Filho, nesta quarta-feira (07). De acordo a matéria, fica estabelecido o Dia Municipal do Samba de Véio do Rodeadouro.

Esta atividade cultural foi criada há anos por moradores que buscaram criar um tipo de diversão para alegrar a comunidade. 

O projeto está sendo encaminhado à prefeita Suzana Ramos que deverá sancionar nos próximos dias.

História sobre o Samba de Véio

È uma dança com movimento que tem como finalidade o divertimento da nossa localidade. Devido a falta de diversão, os velhos se reuniam para dançar em locais que eram convidados ou nas casas da comunidade, e para chegar as vezes ao local caminhavam vários quilômetros.
A cultura do Rodeadouro concentra-se principalmente no Samba de Véio. Por algum tempo ficou esquecido, mas com a chegada de Manoel Severino, vindo da Boa Vista do Salitre, distrito de Junco e durante algumas décadas, foi responsável pela revitalização do samba, onde incorporou peças ilustre como o bumba-meu-boi, a mulinha, o caipora e outros que abrilhantavam ainda a cultura local.
O grupo de Samba teve como responsável a Senhora Francisca Pereira Miranda, sendo uma líder específica, ficando a mesma como representante da apresentação. Apesar de ser chamado de Samba de Véio, nem todos os membros obrigatoriamente tenham que ser pessoas de uma faixa etária elevada, constata-se também a presença de pessoas jovens e crianças. Acabando , assim com o preconceito existente em relação a idade. Seu Matias o morador mais velho da comunidade com 88 anos, afirmou que no tocante a origem da dança veio da Africa, e sua chegada em Juazeiro especificamente no Rodeadouro, começou com os pescadores e os trabalhadores da casa de farinha que apóis a sua jornada de serviço se reuniam e sambavam para se divertirem. Seu Matias informou que este folclore no Rodeadouro é mais velho que o progresso de Juazeiro. O Samba é festejado na época do folclore e nos festejos de Santos de Reis, que vem depois da dança de Reis. Não é especificamente em festejo de promessas, mas seu Matias falou que um certo tempo sua criação de caprinos sumiu do cercado e ele fez a promessa ao Santo Reis que se a criação aparecesse ele fazia uma festa no próximo dia 6 de janeiro na sua residência com a Festa de Reis e Samba de Véio e ia dar comida e bebidas aos participantes, e sua criação apareceu, ele pagou a promessa com muita alegria. O grupo é constituído
por membros entre homens e mulheres. Sendo que isto não significa que o grupo só possa se constituir por essa quantidade de membros.
O grupo do Samba além de apresentar na cidade em alguns convites, já participou da filmagem do filme Irmão Quixaba, e da reinauguração do teatro Castro Alves na capital, e várias apresentações nas escolas tanto da rede Municipal como na rede Estadual, nas Faculdade em geral e aos convites.

Nós temos uma associação sem fins lucrativos e que de 2 em 2 anos há uma votação para eleger a nova diretoria. Conta professora Ovídia que o Samba de Véio tem diversos focos no Brasil, mas teve sua origem na África. No Brasil foi trazida pelos africanos como tantas outras culturas deles, o samba tem no seu interior afora dos negros, e a sua cultura do país de origem, como não tendo nenhum divertimento, tiveram essa ideia de criar uma forma de distrair-se e de passar o tempo.
O Samba de Véio é lembrado na semana folclórica, resgatando assim a memória dos festejos. O samba não tem data registrada da chegada no povoado diz a professora que lembra desde sua infância que seus tios já comemoravam, antes começavam em dezembro e iam até o dia 6 de janeiro no dia dos Santos Reis, faziam apresentações à noite e o dono da CSA servia a bebida e comida.

 Lembra a professora Ovídia, que a professora Meire, uma época trabalhava com uma turma de jovens e adultos e na oportunidade, fez um resgate da cultura local e deu uma revitalizada no samba. através dos alunos que eram integrantes do grupos e logo após fez renascer onde dai, não parou mais.

Por: Professora Maria de Fátima , através de pesquisa dos alunos da EJA –  Educação de Jovens e Adultos da Escola Maria Monteiro Bacelar.

Extraído do Blog do Parlim

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