PSDB e DEM realizaram suas convenções esta semana para a escolha dos seus dirigentes nacionais e a grande novidade nos dois partidos é que passaram a ter comando único. O “dono” do PSDB é o governador de São Paulo, João Doria, que bancou sozinho a indicação do ex-deputado Bruno Araújo para presidi-lo à revelia do ex-presidente FHC, do senador José Serra, do ex-senador Aloysio Nunes e do deputado Aécio Neves. Doria, até por força do cargo que ocupa, não enfrentou concorrência dentro do partido para indicar os presidentes municipal (SP), estadual e nacional.
E fará de Bruno Araújo um instrumento para tentar viabilizar-se como candidato a presidente da República em 2022. Já o Partido Democratas reconduziu o prefeito de Salvador, ACM Neto, à presidência nacional, sem resistência de nenhum correligionário. O DEM tem políticos importantes como os ministros Onyz Lorenzoni (Casa Civil), Teresa Cristina (Agricultura) e Luiz Fernando Mandetta (Saúde), os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e David Alcolumbre, além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Mas a linha política tem sido dada até agora pelo neto do ex-senador Antonio Carlos Magalhães. É ele que tem barrado a entrada do partido na base governista, apesar das pressões que recebe dos três ministros e do governador goiano em sentido contrário. (Inaldo Sampaio)