PT não fará falta a Armando mas apoio de Lula talvez sim

Armando Monteiro teve o apoio do ex-presidente Lula nas eleições de 2010 e de 2014

Caso Paulo Câmara seja reeleito, o PSB terá ficado no poder durante 16 anos consecutivos, algo jamais visto na história política de Pernambuco desde o restabelecimento das eleições diretas para o governo estadual em 1982. O governador constituiu uma aliança eclética que inclui o PT do senador Humberto Costa, crítico impiedoso do PSB desde as eleições de 2012 quando os dois partidos romperam uma aliança inaugurada em 2006, e também o MDB de Jarbas Vasconcelos que disputou o governo contra o mesmo Eduardo em 2010. Esses três atores, invariavelmente, têm sido cobrados para explicar esta aliança, tal qual ocorreu em Garanhuns, sábado passado, na presença do ex-ministro Fernando Haddad, mas têm ignorado os questionamentos. Alegam que a aliança foi celebrada em nome da “unidade das esquerdas” e da candidatura de Lula à Presidência da República, que voltaria ao Planalto para tirar Pernambuco do marasmo. O principal candidato das oposições, senador Armando Monteiro, está com a responsabilidade de interromper essa hegemonia contando com o apoio que não contou nas eleições de 2014 – o PSDB, o PPS e o DEM.

Perdeu o PT que o apoiou nas últimas eleições, mas para compensar esse prejuízo tem em seu favor o trunfo de ter sido apoiado por Lula em 2010 e em 2014 e de ter votado contra o impeachment de Dilma Rousseff, livrando-se da pecha de “golpista” que é como o PT tratava os que deram apoio ao afastamento da ex-presidente, entre eles Paulo Câmara e Jarbas Vasconcelos. Resta agora saber como os eleitores irão se comportar diante dessas contradições. (Inaldo Sampaio)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *