Reinaldo Azevedo: “O país não precisa dos milicos de pijama”

 

Reinaldo Azevedo e Jair Bolsonaro
Reinaldo Azevedo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

“O Instituto Butantan começou a produzir a Coronavac no Brasil, em parceria com a Sinovac. Onze estados negociam a compra da vacina. É assim que se faz. Devemos dar uma solene banana para a Anvisa, hoje abrigo de milicos de pijama, agarrados a uma boquinha. Ignorância gera subserviência”, escreve o jornalista Reinaldo Azevedo na Folha de S.Paulo.

“Precisamos de uma Agência Nacional de Vigilância Sanitária que bata continência à saúde dos brasileiros”, prossegue o jornalista, acrescentando que o público deve ignorar o que diz a Anvisa. “Prestem atenção a quem está ocupado em combater a pandemia”, diz.

Azevedo argumenta que não será Bolsonaro quem decidirá sobre a imunização da população, mas o Supremo Tribunal Federal: “A palavra final sobre a imunização, se necessário, será do Supremo, não de bananas de pijama ou de uniforme. Leiam os artigos 6º e 196 a 198 da Constituição. O inciso VIII do artigo 3º da lei 13.979 dispensa o registro da vacina na Anvisa para que se possa proceder à imunização mesmo em larga escala. Basta a certificação de uma de suas respectivas congêneres nos EUA, União Europeia, Japão ou China —país que é sede da Sinovac”.

Na batalha da vacina, trata-se de fazer uma escolha entre a psicopatia política, festivamente homicida —já “que todo mundo morre um dia, e eu não sou coveiro”—, e o esforço de quem mobilizou recursos para investir na ciência. A história deu a Doria e a Bolsonaro uma pandemia. Um deles produziu negacionismo, obscurantismo, truculência, cloroquina e uma quantidade assombrosa de frases pusilânimes. O outro apostou numa vacina. Poderia ter dado errado, mas tudo indica que deu certo.

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