Representantes do Sindicato da PF visitam Juazeiro para criar associação e relata graves problemas que a categoria enfrenta no país

Ação Popular (AP)

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais na Bahia José Mário Lima em entrevista ao Jornal AP falou sobre a criação de uma associação da instituição em Juazeiro. Segundo ele, trata-se de uma intervenção dos sindicatos para verificar em quais medidas os serviços públicos prestados à população estão sendo desenvolvido. “O nome policia federal é muito forte e tem um papel muito importante e nós cumprimos este papel do ponto de vista de um sindicato que representa a categoria”.

José Mário Lima

Questionado se já existia o nome da comissão que vai formar a diretoria do sindicato, ele disse que alguns convites já foram feitos. “Como a nossa atuação é no âmbito estadual e está embrionária e crescendo muito nós estamos chamando algumas pessoas, a exemplo, do Diretor Almeida, o associado Anderson Muniz e outros nomes para participarem também. Na Bahia nós temos Juazeiro como uns dos grandes centros que merecem intervenção, mais em breve vamos avaliar os serviços que estão sendo prestados na cidade”.

Ele estavam acompanhados do presidente do PTC, em Juazeiro, Jailson Barbosa

Pouco efetivo

Por outro lado, ele lamentou o número de policiais na corporação. “Nunca foi suficiente, sempre tivemos problemas com relação aos efetivos de policiais, mais são estes problemas que também ajudam a gente a operar com máxima efetividade e isso é muito importante”.

Situação difícil

Sobre a remuneração, José disse que existem alguns problemas de defasagem. “Mais este não é o grande termo, se remuneração fosse o grande problema da segurança pública, como um todo bastava, remunerar todos os policiais do Brasil que a situação estaria bem resolvida, mas nós temos problemas estruturais que precisam ser resolvidos, é preciso debater com a sociedade, o que não cabe é nos vivermos em um país em guerra e ninguém fazer nada, é preciso à intervenção direta do ponto estrutural”.

Lava jato

Ainda assim, ele falou como a PF vem trabalhando na Lava Jato nos últimos tempos. “Temos um pais de extensão territorial muito grande e isso não só dificulta o trabalho da Lava Jato e sim o trabalho operacional, temos uma fronteira gigante que passam drogas e armas e isso contribuí para a violência. A Operação Lava Jato é um marco no ponto de vista do combate a corrupção, assim como aconteceu na Itália à operação mãos limpa, a grande contribuição da Lava Jato é que ela não vai deixar se repetir, na minha concepção estamos em um momento da virada de ciclo”.

Precariedade na Bahia 

O diretor Parlamentar do Sindicato dos Policiais Federais na Bahia Augusto Almeida avaliou a segurança no estado baiano. “A segurança na Bahia é tão precária como em todo Brasil, os números não deixam mentir. Nós temos mais mortes aqui no Brasil do que em muitas guerras que acontecem no país e apenas 6% de homicídios são resolvidos no Brasil, isso é uma taxa absurda, o elemento que comete um homicídio tem 94% de chances de não acontecer nada com ele”.

Augusto almeida

Participação da Polícia Militar

Muitas das ações ao combate ao crime organizado, a policia militar tem se destacado. Augusto ressaltou o trabalho realizado entre a PM e PF. “Aqui no estado da Bahia o trabalho da policia militar é fantástico, os policiais militares são verdadeiros heróis por estarem no dia-dia na rua combatendo o crime e colocando as suas vidas em riscos, muitas vezes com os seus salários ruins e arriscando a vida dos seus familiares também”.

Anderson Muniz

Anderson Muniz que também faz parte do Sindicato dos Policiais Federais na Bahia avaliou o quadro de estrutura da segurança na Bahia. “A segurança na Bahia e em todo o Brasil sofre de um problema estrutural terrível, o nosso trabalho é fazer com que a sociedade acorde que é preciso mudar, se continuar este quadro eu não sei como vai ser, ou iremos ficar preso em casa e o bandido solto, é uma situação de calamidade, é preciso fazer uma reestruturação e mudar para melhor”.

Falido

“O modelo que temos hoje de investigação não funciona, o sistema não dar condições, a exemplo, do inquérito policial que não funciona de forma nenhuma, então tem que haver uma mudança no sistema de investigação e é isso que queremos mostrar para a sociedade, caso contrário, iremos entrar no caos”, acrescentou.

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