Soteropolitanos celebram dia de São Pedro, padroeiro dos pescadores

Milhares de fiéis foram neste sábado, 29, até a Paróquia de São Pedro, na Praça da Piedade, para louvar e agradecer ao protetor das viúvas e padroeiro dos pescadores. Logo cedo, às 6h30, a alvorada com fogos de artifícios abriu os festejos, que contou com três missas na igreja pela manhã, uma procissão pelas ruas e avenidas do Centro de Salvador e uma missa campal, ao meio-dia, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. A festa teve como tema “Pedro, o missionário”.

“Para a Igreja Católica, Pedro é considerado o primeiro Papa, o supremo chefe da Igreja, que assumiu à missão que lhe foi dada por Jesus, levar o Envagelho ao povo. Ao longo da história, Pedro muda de nome, hoje o contemplamos na face do Papa Francisco”, disse Dom Murilo Krieger.

Padre Aderbal Galvão de Sousa, que há 30 anos comanda a histórica Paróquia de São Pedro, fundada em 1679, ressaltou o papel do santo como o escolhido por Cristo para continuar seu trabalho. “‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, disse Jesus. Por isso, Pedro é, por excelência, o missionário, a quem Jesus confia a missão de edificar e conduzir a sua Igreja, de dar continuidade à missão do próprio Jesus”, afirmou.

Procissão

A aposentada Valdete Rocha, 68 anos, esperava a procissão que conduziria as imagens de São Pedro e São Paulo pelas ruas do Centro de Salvador. “Fui batizada nesta igreja. Pedro foi um apóstolo exemplar de Cristo. Ele repassou os ensinamentos de Jesus. É um exemplo, um modelo de fé”, destacou a religiosa, que junto com dezenas de fiéis carregava uma enorme rede de pescador durante a caminhada.

A imagem de São Pedro dentro de um barco, ornado com flores, abria a procissão que saiu da paróquia às 11h e percorreu as ruas Direita da Piedade, Politeama de Baixo, Forte de São Pedro, Avenida 7 de Setembro, retornando à Igreja de São Pedro.

Missa campal

Após a procissão, aconteceu a missa campal. Centenas de fiéis ocuparam parte da Praça da Piedade e da rua em frente à paróquia para acompanhar a cerimônia presidida pelo Dom Murilo Krieger.

“Quando o Padre Aderbal Galvão de Sousa me disse que este ano a missa seria meio-dia percebi que ele queria que os fiéis sentissem como era dura a vida de Pedro, tendo que enfrentar o mar e o sol em seu barco, ao lado do seu irmão André”, comparou o arcebispo.

A comerciante Maria da Glória não estava preocupada com o sol forte do meio-dia. “Faça chuva ou sol, estaria aqui com São Pedro. Sou grata pelas causa alcançada de ter o meu estabelecimento comercial e pela proteção que recebo todos os dias. Ele é o meu santo de fé”, disse a comerciante.

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