Temer joga a bomba no colo dos governadores

O sistema previdenciário dos estados não estão menos falidos que o do governo federal

Devido a pressões de parlamentares governistas, que só votariam a favor da reforma da Previdência se o governo mantivesse no projeto a aposentadoria dos professores do ensino básico após 25 anos de serviço, o presidente Michel Temer excluiu do “pacote” os servidores públicos estaduais e municipais. Jogou a bomba no colo dos governadores e prefeitos, que em vez de contarem com uma norma federal regulamentando a matéria serão obrigados a lidar com o problema na esfera de suas competências. Deputados que pressionaram o governo para flexibilizar o projeto original estão com os olhos voltados para 2018 e colocam o déficit da previdência em segundo plano. Eles podem até ter prestado um bom serviço aos professores, que vão continuar se aposentando mais cedo. Mas agiram contra as contas públicas dos seus próprios estados, cujos sistemas previdenciários não estão menos quebrados que o da União.

A previdência de Pernambuco

Pernambuco tem 105 servidores ativos que custam mensalmente aos cofres públicos R$ 445 milhões e 86 mil inativos que representam uma despesa mensal de R$ 327 milhões. O fato de existir 01 inativo para menos 02 ativos é a maior prova de que essa conta não fecha e está prestes a explodir. A União, na hora do aperto, tem a Casa da Moeda para imprimir dinheiro. Mas Pernambuco tem o quê?

Falência – Os fundos próprios de previdência dos municípios pernambucanos estão literalmente quebrados (salvo raríssimas exceções) e vão continuar assim com a exclusão dos servidores públicos municipais da reforma previdenciária proposta ao Congresso pelo governo Temer.

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