Universitária foi morta a 20m de casa: ‘Foi levar comida para a amiga’
Luíza Silva dos Santos de Jesus levou dois tiros na barriga
Por: Wendel de Novais
Universitária foi morta a 20m de casa Crédito: Reprodução e Wendel de Novais/CORREIO
A morte de Ana Luiza Silva dos Santos, 19 anos, que foi baleada na barriga durante uma ação policial na Engomadeira, aconteceu logo após a vítima deixar a sua casa para ajudar uma amiga com um almoço. Segundo a família, já após às 15h do domingo (13), ela fez uma marmita e saiu para entregar na casa da colega, mas acabou baleada no retorno. “Ela tinha acabado de almoçar, pediu a mãe dela um pouquinho e foi levar comida para a amiga. Quando ela retornou, aí a polícia veio seguindo uma outra pessoa. Ela passou e não viu. Aí foi alvejada com dois tiros na barriga”, relata Ana Ildes Pereira dos Anjos, 58, que é tia de Luíza. A jovem foi ferida a cerca de 20 metros da casa onde morava, na Vila de Nanã.
De início, os familiares que ouviram os disparos imaginaram que outra pessoa tivesse sido ferida. No entanto, minutos depois, receberam a informação de que a jovem teria sido baleada. Ao saírem de casa para socorrer, no entanto, não encontraram Luiza, que tinha sido levada pelos PMs para o hospital, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Por conta da tragédia, os pais da vítima passaram a manhã resolvendo pendências para o enterro de Luiza, que vai acontecer na Ordem Terceira de São Francisco, na Quinta dos Lázaros, às 15h. Enquanto isso, a casa da família está lotada de parentes abatidos e que não conseguem falar com a reportagem.
Ana Ildes, por sua vez, fez questão de destacar o carinho que a jovem, que estava cursando estética na faculdade, tinha de todos. ”Era uma menina estudiosa, educada, carinhosa, cheia de amigos e muito respeitosa. Uma menina de um coração muito bom”, desabafa ela, sem conseguir conter as lágrimas. Moradores da Engomadeira acusam a PM de ter matado Luíza. A corporação, por sua vez, afirma que ela foi baleada durante um confronto com suspeitos. Os PMs envolvidos no caso não usavam câmeras nas fardas.