Após afirmar no Twitter que será candidato, Geddel explica: ‘Trabalho para isso’

Sandro Freitas

Após afirmar no Twitter que será candidato, Geddel explica: ‘Trabalho para isso’

Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Uma publicação no Twitter oficial do pré-candidato a governador na chapa da oposição (ver abaixo), o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, causou certo rebuliço na tarde desta quinta-feira (6), com especulações de que, enfim, o martelo teria sido batido. Ao ser perguntado por um seguidor se será o escolhido para concorrer ao Palácio de Ondina, o peemedebista respondeu: “Serei”. No entanto, em entrevista ao Bahia Notícias, Geddel explicou o que pretendia dizer. “É o que eu acho. Qual a novidade? Estou dizendo a mesma coisa que sempre disse. Trabalho para isso, para ser candidato. Tenho dito permanentemente. Acredito que vou ser e trabalho para isso”, pontuou. No entanto, o peemedebista manteve o tom de cautela que o momento exige e ressaltou que nada está decidido, visto que, do outro lado, o democrata e ex-governador, Paulo Souto, também quer ser o escolhido pelo coordenador do processo e prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Em meio a especulações, Geddel lembrou que jamais disse que seria postulante ao Senado, Assembleia Legislativa, Câmara Federal, ou qualquer outro posto. 
O prazo para o anúncio segue mantido, após o adiamento, para o pós-carnaval, mas não está descartado um entendimento mais cedo e o anúncio da chapa. Democratas que trabalhavam – principalmente – pela união das oposições, passaram a adotar um discurso mais favorável a Souto e, internamente, pressionariam ACM Neto. Já o ex-governador mantém o silêncio e jamais disse publicamente que quer disputar o cargo, quadro que só muda em reuniões a portas fechadas. O cenário segue o mesmo, visto que na semana passada Souto chegou a abrir mão por condições que não considerou favoráveis, mas voltou atrás e jogou o problema no colo do prefeito, além de ter iniciado aparições públicas. Se de um lado a garantia foi dada a Geddel, o recuo se deve a pressão interna do próprio partido, que prefere um democrata na cabeça da chapa. A dor de cabeça de Neto é ainda maior devido à demora do ex-governador, que no início do processo de união da oposição ouviu do peemedebista que, se decidisse concorrer, teria o caminho livre. Sem o pronunciamento de Souto, Geddel deu um passo à frente e afirmou que o prazo para abrir mão da candidatura tinha passado. (BN)

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