Após protestos, governo decide repor 21% da verba cortada na educação

Será destinado um total para a área R$ 1,6 bilhão provenientes de recursos de uma reserva

Redação
Reprodução/Facebook
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Uma semana após protestos em todo o país contra os cortes na educação, o governo Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que vai repor parte da verba da área, informa a Folha de S. Paulo.

Segundo a publicação, será destinado à pasta do ministro Abraham Weintraub um total de R$ 1,6 bilhão —21% do valor que havia sido contingenciado (R$ 7,4 bilhões). O valor são provenientes de recursos de uma reserva da União.

Os cortes na área atingiram do ensino infantil à pós-graduação. Nas universidades federais, a verba para despesas discricionárias (não obrigatórias) foi reduzida em 30%.

No fim de abril, ao anunciar a medida, Weintraub (Educação) atribuiu-a a uma resposta a uma suposta “balbúrdia” em algumas instituições. Depois, disse que se devia à previsão de menor arrecadação.

Após as manifestações contra a medida levarem às ruas milhares de pessoas em mais de 170 cidades, entidades ligadas à educação já convocaram um novo megaprotesto para a semana que vem, no dia 30.

Nesta quarta (23), o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, negou qualquer influência dos atos de rua na decisão e disse que só analisou números, destaca a Folha.

“Governar é estabelecer prioridades. Vimos o altíssimo impacto que os dois ministérios têm e fizemos uma recomposição do contingenciamento orçamentário”, declarou, referindo-se também à pasta do Meio Ambiente, que também teve parte da verba reposta.

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