Comitê jurídico inicia reforma na Constitução do Egito

Danilo Macedo

Um comitê jurídico com dez especialistas nomeados pelo presidente interino do Egito, Adly Mansour, começou hoje (21) os trabalhos para reformar a Constituição do país, suspensa no dia 3 de julho, quando as Forças Armadas destituíram Mouhamed Mursi do poder, depois de meses de protestos no país cobrando ações do governo. Mansour, que era o presidente da Suprema Corte, assumiu interinamente o poder e prometeu eleições, em seis meses, após reformar a Constituição.

O comitê, formado por quatro professores universitários e seis magistrados, foi criado por um decreto presidencial divulgado ontem (20) e se reúne na sede da Câmara Alta do Parlamento egípcio. O relator é o assessor da Presidência para os Assuntos Constitucionais, Ali Auad.

O decreto emitido pelo presidente interino também estipula a criação de um secretariado técnico geral para o comité. As reformas propostas pelo comitê serão apresentadas a outra comissão, formada por 50 representantes da sociedade egípcia. Depois, o projeto definitivo deverá ser submetido à consulta, antes de Mansour convocar um referendo para aprová-lo.

Desde sua deposição do poder, Mursi está preso sob supervisão das forças de segurança em local não revelado. Também foram detidos simpatizantes e colaboradores do governo destituído.

Protestos e manifestações são diários nas principais cidades do Egito, registrando situações de violência. Simpatizantes de Mursi realizam manifestações no país pedindo a volta do presidente deposto ao poder. Nos últimos cinco dias, pelo menos nove pessoas foram mortas e mais de duas centenas ficaram feridas durante os confrontos entre apoiadores de Mursi e forças de segurança do governo. (Agência Brasil)

Na última sexta-feira (19), o presidente interino disse que travará a batalha da segurança até o fim. “Estamos em um momento decisivo da história do Egito, que alguns querem conduzir para o desconhecido”, ressaltou Mansour.  (Agência Brasil)

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