Em carta, Bandeira solta os cachorros em Jojó

Joseph Bandeira

Da Redação

Enquanto o destino político do Partido dos Trabalhadores de Juazeiro, esta sendo decidido por meia dúzia de políticos, o ex-deputado Joseph Bandeira, resolveu encaminhar carta assinada de próprio punho para o presidente estadual do PT, Jonas Paulo com cópia para todos os integrantes da Executiva e do Diretório Estadual do PT.

O ex-deputado começa a sua carta solicitando um entendimento entre os Diretórios Regional e Municipal, com vistas à vitória petista nas eleições de 2012, proporcional e sobretudo majoritária. “Para que não me ocorra depois qualquer sensação de que eu possa ter sido, mesmo sem querer, tímido ou omisso quanto à previsível dificuldade de manter o PT Municipal unido, depois que a decisão final vier a ser tomada, após tantos desdobramentos ruins desta crise desnecessária, devo compartilhar tais preocupações com toda a Executiva e, se possível, com todo o Diretório Estadual, já que, sem exercício de adivinhação, não é difícil presumir que a crise vai se agravar ainda mais, por conta do resultado da Eleição para a Escolha dos Delegados, no dia 25 de março. Com certeza as chapas perdedoras vão continuar futricando no intento malsão de adiar ao máximo a decisão final, que já está pré-agendada para o dia 22 de abril, data do descobrimento do Brasil, um dia depois da celebração nacional do heroísmo de Tiradentes. Nesse dia o PT de Juazeiro vai se descobrir, diante do olhar curioso e até agora revoltado de ponderáveis setores da comunidade, exatamente como é”, declarou na carta.

Joseph vai além quando se pronuncia sobre as chapas perdedoras das ultima eleições para delgado, afirmando que os mesmo estão longe da ética pregado pelo partido. “Esquecidos de ética, compromisso, responsabilidade partidária, alguns integrantes das chapas perdedoras, ecoando a prepotência e a arrogância da Prefeitura Municipal, abertamente dizem pela cidade (e é facílimo comprovar isso, como oportunamente o faremos, perante as instâncias petistas, ou outras quaisquer, se necessariamente for o caso), que vão comprar quantos integrantes da chapa vencedora dos Delegados sejam precisos para ‘reverter’ a situação”, frisa na carta.

No entanto, Bandeira acredita e prega que essas pessoas estão equivocadas. “Primeiro, porque mulheres e homens de bem não se vendem. Segundo, porque a desmoralização a que querem submeter nosso partido é tanta que, a esta altura, todo o povo de Juazeiro vai fiscalizar com lupa o processo eleitoral interno, que se ultimará dia 22″.

Em outro trecho da carta Joseph Bandeira faz referência ao comportamento do Secretário Geral do PT do Estado, Osmar Galdino, conhecido popularmente como Jojó. “Devo adverti-los que não poderemos aceitar mais o comportamento que vem tendo o Secretário Osmar Galdino, como se ele próprio estivesse na disputa, esquecendo-se de seu cargo e de sua responsabilidade partidária em momento tão difícil para o PT municipal”, observa acrescentando que “ele faz de conta que não percebe que o problema eleitoral de 2012, em Juazeiro, só terá resultado positivo para o PT se pudermos, pacificamente, concluir todo o processo. Agir contrariamente, como ele faz questão de dizer e fazer, é querer propositadamente dificultar a vida de qualquer embrião de possível futuro entendimento”. Agir assim segundo Bandeira é “arrombar alguma janela lateral do edifício da democracia interna e externa com um pé-de-cabra, fatalmente implicará a fuga da lógica, da razão e do bom senso, porque qualquer alternativa não passará de, apenas, mero ponto final na “Crônica de uma Derrota Anunciada””, defende.

Sobre a possibilidade do PT apoiar o governo municipal, Bandeira diz que como toda a Bahia sabe o atual Prefeito não vencerá o próximo pleito. “Qualquer pesquisa de opinião pública mostra e continuará mostrando nos próximos 6 meses, que a ‘mudança’ por ele anunciada em 2008 mudou tudo em Juazeiro, de fato, mas para pior, muito pior. O povo agora, decidida e definitivamente, não descansará (e todas as pesquisas antecipam isso), até o dia 7 de outubro, enquanto não realizar seu desejo implacável de mudar a mudança”.

Ele diz ainda que o resultado dessa afirmação pode ser constatada no movimento das principais lideranças do município que se uniram, para acabar com a comédia. “Eu, modestamente, venho trabalhando, entre elas e com elas, também neste sentido, já há muito tempo. A tarefa, que considero uma missão irrecusável, por amor a Juazeiro, a esta altura já está totalmente concluída. Resta agora ao PT Estadual e Municipal decidir qual a resposta que queremos dar à pergunta comunitária (a voz do povo é a voz de Deus): o PT quer ganhar ou quer perder a eleição? Se quer ganhar, terá candidatura própria. Isto é mais do que óbvio. Se quer, por absurdo que pareça, em vez de ganhar perder, transformando a comédia em tragédia, é urgente decidir para quem desejará perder, arcando antecipadamente com as graves conseqüências partidárias e eleitorais que essa “derrota anunciada” significará para a Bahia e o Brasil”, cobra.

Encerrando seu pensamento Joseph julga ser seu dever externar sua decisão ao diretório do PT. “Neste passo, julgo meu dever, por inarredável princípio moral, e por honestidade intelectual, deixar antecipadamente claro que, se o pior para minha terra e meu povo vier a acontecer (e para o PT municipal e estadual como um todo), eu já tomei a minha modesta, mas inevitável e incontrastável decisão: continuarei firme e forte na unidade das forças políticas que querem salvar Juazeiro. Porque nunca aceitei imposição ou impostura de qualquer natureza, já disse isso, aliás, com todas as palavras, ao próprio Governador Jaques Wagner em várias ocasiões, e reiterei, de viva voz, na quinta-feira antepassada, dia 22 de março, quando ele, para alegria nossa, mais uma vez entre nós esteve. E de cada vez em que pessoalmente lhe afirmei e reiterei isso, como resposta ele sempre estimulantemente me disse: “Pode tocar a vida”. É o que tenho feito, e continuarei fazendo, sem ódio e sem medo, ao lado da esmagadora maioria do povo de Juazeiro”, finalizou.

Informações Blog de Fárnesio Silva.

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