“Gaiola das loucas” e “portadoras de vagina”: bancada feminina vai processar Eduardo Bolsonaro após ataque machista

Joice Hasselmann (PSL-SP) anunciou que vai representar o filho do presidente no Conselho de Ética da Câmara e recebeu o apoio de deputadas de todos os partidos

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pode ter que responder no Conselho de Ética da Câmara por um comentário machista feito contra deputadas de esquerda. Pelas redes sociais, Joice Hasselmann (PSL-SP) informou nesta quinta-feira (8) que vai entrar com uma representação no colegiado contra seu correligionário por quebra de decoro parlamentar.

Segundo Joice, a iniciativa é apoiada por toda a bancada feminina da Casa. “A frase sexista do deputado Eduardo Bolsonaro traduz no mínimo quebra de decoro parlamentar em qualquer Congresso sério do mundo. É imperativo que o @MPF_PGR atue para apurar a infração da lei penal. Entrarei nesse momento com representação disciplinar no Conselho de Ética”, anunciou a deputada.

O motivo é o fato do filho de Jair Bolsonaro ter endossado um ataque misógino do deputado Éder Mauro (PSD-PA) contra deputadas de esquerda durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com termos ofensivos.

“Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo Dep”, disparou Eduardo ao compartilhar um vídeo que mostra Éder Mauro ensandecido, destilando fake news e dizendo que chamaria um “médico” para a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

“Se o deputado q tuitou estivesse portando o cérebro quando o fez, evitaria passar tamanha vergonha aqui no Twitter. Saberia q este parlamentar que me ataca no plenário da CCJ, além de mentir descaradamente e espalhar fake news, não tem moral, nem nível para um debate de qualidade”, disse Maria do Rosário sobre Eduardo e Éder.

À Folha de S. Paulo, Joice Hasselmann, que lidera a representação contra Eduardo no Conselho de Ética, disse que o deputado “agrediu todas as parlamentares, inclusive as do partido dele”.

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