PT reage a críticas do PSDB sobre escolha de Mercadante para a Casa Civil

O PT reagiu à nota divulgada pelo PSDB criticando a escolha do ministro Aloizio Mercadante para a Casa Civil. Em texto divulgado nesta quarta-feira, assinado pelo líder do PT na Câmara, José Guimarães (SP), a bancada do partido na Casa afirma que os ataques feitos ontem, em artigo do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, mostram que “os tucanos, na falta de projeto para o país e desorientados diante dos sucessivos êxitos dos governos do PT desde 2003, apelam para palavreado tosco e destituído de fundamentação”.

Na nota, o PT destaca a experiência de Mercadante, e diz que os tucanos não podem “ignorar a inteligência dos brasileiros”. O PT afirma que o PSDB olha o país pelo retrovisor, por uma ótica de “privatismo liberal”. O partido lista ainda dados sobre emprego e renda, cita que 40 milhões de pessoas ascenderam à classe média durante o governo Lula e Dilma, e menciona ações na área da educação, conduzidas por Mercadante e pelo seu antecessor petista, Fernando Haddad.

“O ministro Mercadante faz parte do projeto vitorioso do PT e aliados e tem todo o apoio da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara para desempenhar as novas tarefas para as quais será designado, e, principalmente, dar continuidade à gestão exitosa da Ministra Gleisi Hoffmann à frente da Casa Civil da Presidência da República”, conclui a nota do PT.

Ontem, em artigo sem assinatura, os tucanos chamaram o ministro de “professor Mercadante” e citaram seu suposto envolvimento na produção dos dossiês contra tucanos em 2006 como “atributos ímpares” para ajudar Dilma na disputa pela reeleição.

“O novo todo-poderoso ministro de Dilma tem atributos ímpares para exibir e que podem ser valiosos numa campanha eleitoral como a que se aproxima. Nunca se deve esquecer que foram assessores de Aloizio Mercadante que se envolveram na aloprada tentativa de incriminar tucanos com dossiês forjados em 2006, que terminou fracassada com a apreensão, pela Polícia Federal, de R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo. Trata-se de expertise preciosa dentro do modo petista de fazer política”, diz trecho do artigo.

O texto diz ainda que a primeira mudança nas cadeiras ministeriais ressaltaria “a falta de critérios de mérito para o preenchimento das vagas” e que tudo estaria sendo feito com o objetivo de turbinar a reeleição de Dilma, sob tutela do ex-presidente Lula. Na avaliação do autor do artigo, Mercadante não teria realizações a exibir que justificassem sua escolha para a Casa Civil.

Fonte: Agência O Globo

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