Se a economia não voltar a crescer, o fracasso do governo será inevitável

Foram muitas as motivações que levaram 57 milhões de brasileiros a fazer opção por Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial. Em primeiro lugar o desgaste do PT, que havia vencido as quatro últimas eleições presidenciais.

Seu principal líder, Luiz Inácio Lula da Silva, encontra-se preso em Curitiba, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e sua sucessora Dilma Rousseff, após ser afastada do governo por um processo de impeachment, entregou o país ao vice, Michel Temer, mergulhado numa brutal recessão e com mais de 10 milhões de desempregados. Em segundo lugar o Brasil reclamava uma mudança que tivesse características de ruptura e quem encarnou esse estado mudancista foi Jair Bolsonaro, com um discurso forte na área de segurança e no combate implacável à corrupção. Por fim, o discurso conservador do candidato do PSL na área dos costumes em vez de tirar-lhe votos, fez foi fortalecê-lo, dado que em razão desse conservadorismo ele ganhou a adesão de todas as Igrejas Evangélicas do país.

Agora, porém, passados 2 meses e 22 dias da instalação do novo governo, os brasileiros continuam na expectativa de que algo melhore na área econômica, com a recriação dos postos de trabalho que foram fechados durante a recessão. Por enquanto, como sabemos, o governo se mexeu em apenas três áreas: flexibilizou a legislação para a compra de armas e enviou ao Congresso o “pacote anticrime” do ministro Sérgio Moro e a PEC da reforma previdenciária. Sobre a economia propriamente dita, não se deu nenhum passo adiante, pelo menos até agora. É pouco para um governo que assumiu com a expectativa otimista de mais de 60% dos brasileiros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *