Breve História do Feminismo no Brasil e outros ensaios

 

A Editora Alameda apresenta a reedição do livro “Breve história do feminismo no Brasil”, publicado pela primeira vez em 1993. A nova edição ampliada da obra clássica sobre o movimento feminista brasileiro de Maria Amélia de Almeida Teles inclui seis novos ensaios, que analisam as pautas da luta feminista nos últimos anos, levando em conta as cicatrizes deixadas pela ditadura militar.

O discurso “A defesa do aborto da Constituinte”, proferido na Assembleia Constituinte durante a elaboração da Carta de 1988, reproduzido no livro, é um importante documento sobre a construção do feminismo brasileiro. Em “A luta pela creche”, a autora discute a participação de mulheres da periferia e feministas na construção do conceito de creche como um direito das crianças pequenas à educação e da formação de um polo de resistência contra o autoritarismo e a ditadura. “Violações dos direitos humanos das mulheres na ditadura” focaliza a situação das mulheres brasileiras nos anos de 1960 e 1970, enfatizando a participação das mulheres na luta armada e na utilização da sexualidade e da maternidade pelo sistema para intensificar a tortura e o extermínio.

 

As denúncias ainda pouco conhecidas no Brasil sobre os ataques da ditadura contra os filhos de mães ativistas ou companheiras de militantes políticos são lembradas na introdução ao livro Infância Roubada, que revelou histórias de crianças que sofreram torturas, sequestros e nasceram em cativeiro durante o regime militar.

 

O assassinato de mulheres, que continua a crescer no Brasil, é o tema do artigo “Feminicídio: dignificar a memória das vítimas é necessário”. O texto fala sobre a necessidade de a questão ocupar a arena política e propõe a implementação de comissões que, a partir de investigações e produção de informações sobre as circunstâncias das mortes motivadas por gênero, não só dignifique a memória das vítimas, mas construa políticas públicas efetivas para garantir às mulheres o direito de viver.

 

Sobre a autora: Maria Amélia de Almeida Teles, ou Amelinha, é ativista feminista, foi presa política durante a ditadura militar no Brasil, integra a União de Mulheres de São Paulo, faz parte da coordenação do projeto Promotoras Legais Populares, atua também na Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e foi assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”.

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