Canhedo paga R$ 1 milhão e deve deixar Papuda

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A Justiça de Santa Catarina mandou soltar o empresário Wagner Canhedo, preso no último sábado (31/8) em razão de uma condenação por crimes contra a ordem tributária. Os advogados de defesa do dono da Viplan e da falida Viação Aérea São Paulo (Vasp) conseguiram no começo da noite desta sexta-feira (6/9) um habeas corpus.

A soltura foi concedida por um desembargador catarinense após o pagamento dos débitos no valor de mais de R$ 1 milhão. “Pagamos o valor e pedimos a extinção da punibilidade. Uma vez pagos os valores, não faz sentido mantê-lo preso”, disse o advogado Ticiano Figueiredo. O empresário deve deixar o Complexo Penitenciário da Papuda ainda esta noite.

Doença grave
Wagner Canhedo foi preso em casa, no Lago Sul, há quase uma semana. O empresário foi condenado a 4 anos e 5 meses de prisão, em regime semiaberto pela Justiça de Santa Catarina, por sonegação fiscal.

Esta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus dos advogados. A defesa pediu que o empresário pudesse ficar em prisão domiciliar, já que ele tem 77 anos e seria portador de doença grave.

No entanto, o ministro relator do caso, Og Fernandes, destacou que o pedido de prisão domiciliar já havia sido negado liminarmente por ele, na última segunda-feira (2), em outro habeas corpus.
O ministro observou que consta no processo cópia de decisão do juízo da Vara de Execuções do Distrito Federal que viabilizou as condições necessárias para continuidade do tratamento médico de Canhedo. Ele pode realizar consultas em hospital particular e o médico dele pode entrar no presídio. Para Og Fernandes, a situação demonstra o zelo com a saúde do presidiário.

Seis dias na cadeia

Ele ficou preso por seis dias. Passou pela detenção no Departamento de Polícia Especializada (DPE) – durante o fim de semana – e depois foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. Canhedo ficou sozinha em uma cela – mesmo sem curso superior.

O empresário disse à polícia que a sonegação de impostos é referente a dívidas da companhia Vasp, que teve falência decretada em setembro de 2008. A família de Canhedo é dona de vários negócios em Brasília, incluindo a Viação Planalto (Viplan) e outras que atuam no sistema de transporte coletivo e o Hotel Nacional, o primeiro da capital do país. (Mara Puljiz, Michelle Macedo/Correio Braziliense)

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