Todos perdem sem um limite para gastos, afirma deputado
A aprovação da PEC 241, do teto de gastos, é essencial para reequilibrar as contas públicas, sedimentando as condições para a retomada do crescimento. É o único caminho para garantir o pagamento de benefícios sociais, para estancar o processo de perda de renda, para barrar a deterioração do mercado de trabalho e fazer a inflação retornar a níveis civilizados.“Todos perdem com a expansão dos gastos além da capacidade de pagamento do governo, especialmente quando se tem em conta que a forte elevação do gasto público nos últimos anos não veio acompanhada de ganhos de qualidade na prestação de serviços à população”, afirma o líder do Democratas na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).
“Mas as perspectivas são muito promissoras para o Brasil se a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) for aprovada, pois a confiança aumentará, os investimentos privados serão retomados, gerando efeitos positivos sobre o emprego e a renda”, completa.
Sem a proposta que está sendo analisada na Câmara, as aposentadorias e outros benefícios ficarão sob sério risco. “O PT e suas políticas equivocadas provocaram um rombo nas contas públicas sem precedentes, jogando o país numa forte recessão, que, ao contrário do que indica a lógica econômica, vem acompanhada de inflação alta”, pondera.
Ele lembra que o gasto público federal apresentou crescimento médio de 5,8% ao ano acima da inflação, no período 1997-2015. Com isso, apenas no período 2011-2016, entre a chegada da ex-presidente Dilma ao poder e o ano de sua saída, a relação dívida/PIB terá saído de algo em torno de 55% para 73%. Num período tão curto, são 18 pontos do PIB, ou mais de R$ 1,1 trilhão, de um choque fiscal levado a cabo para a garantir a manutenção no poder de um grupo que nunca teve em mente o bem-estar da população.
Essa trajetória de endividamento público é insustentável e coloca em dúvida a capacidade de pagamento do país. Com isso, empresas e pessoas pagam as maiores taxas de juros do planeta. Como lembra o deputado, “ou revertemos essa trajetória ou nos restará como saída a volta da hiperinflação e o calote”.
Assim, fica claro que “ao contrário do que argumenta o PT, a culpa da nossa imensa crise não é o cenário externo, mas as políticas equivocadas adotadas por quem ocupou o poder nos últimos 13 anos”, diz. A PEC 241 tramita na Câmara e a expectativa é que o texto seja votado pela comissão especial no início de outubro.