Venda de lotes invade Juazeiro, mas há necessidade de fiscalizar os empreendimentos

Os empreendimentos chamam a atenção em Juazeiro

Da Redação

Juazeiro está vivenciando um novo momento no ramo imobiliário. Por vários pontos da cidade estão sendo oferecidos lotes com venda a prazo, de várias empresas privadas. São empreendimentos novos para o município e se localizam em áreas antes pouco exploradas, como saída para Salvador e estrada do Rodeadouro.

O ‘Nova Juazeiro’, por exemplo, já está em fase de terraplenagem e deve seguir o modelo do ‘Nova Petrolina’ realizado pela mesma empresa. Mas, é preciso atentar para o Plano Diretor do Município na execução desses projetos e para as implicações desse avanço imobiliário e habitacional, para que a população não sofra com os descasos no futuro.

O gerente de Obras do empreendimento, Antônio Alves, conta que o projeto contempla a entrega de lotes, somente com as avenidas principais asfaltadas e ruas secundárias cascalhadas, rede de distribuição de energia elétrica e distribuição de água. “Não é feito saneamento, isso vai ficar, possivelmente, com a prefeitura só para quando futuramente forem feitas construções. Lógico que vai ser feita toda a estrutura, mas por enquanto é só terreno”.

Um outro problema grave está relacionado as fossas sépticas, pois o projeto não prevê a construção de rede de esgotamento sanitário, o que poderá causar sérios danos a saúde da população. De acordo a ANVISA, este tipo de obra primitiva não pode ser mais recomendada nos dias de hoje. Há, mais uma vez, desrespeito à legislação municipal, visto que o Plano Diretor exige projetos de esgotamento, sejam fossas sépticas, sejam de rede de coleta de esgoto.

O projeto do Nova Juazeiro contempla a entrega de 10.800 lotes entre comerciais e residenciais, em uma área de 2.884.955,00 m². Segundo Edital publicado na imprensa, terá uma área verde e comunitária de 498.312,74 m², o que não corresponde aos 20% determinados na legislação municipal em vigor, dessa forma a população deixaria de receber uma grande área, correspondente a cinco campos de futebol. Que poderia ser destinada a construção de escolas, praças, posto de saúde entre outros.

O empreendimento deve ser lançado em junho e segundo o gerente de obras está tudo ok. “Tenho o projeto, com cópia de licenças concedidas pela prefeitura, área verde, etc. Essa fase de pavimentação será concluída em seis meses, o restante da obra, meio fio, cascalhamento de ruas secundárias, energia e água, tudo isso tem previsão pra 18, até 24 meses como consta no edital. Todos os trâmites legais estão sendo seguidos”.

O projeto DeltaPark, na saída para Salvador, compreende uma área de 2.160.280,48 m², tendo sido incorporada ao Patrimônio Público uma área de 1.002.936,15m², segundo edital publicado, o empreendimento terá um total de 7.882 lotes, totalmente urbanizados.

“O loteamento será 100% asfaltado, com rede de distribuição de água e de energia elétrica, rede de iluminação pública, rede de coleta de esgoto, meio fio e sarjeta. Trabalhamos com agilidade, visto que, em nossos empreendimentos os compradores podem iniciar suas construções após a assinatura da documentação de aquisição dos lotes”, informa o Departamento de Marketing da Deltaville.

Em visita ao canteiro de obras do empreendimento, podemos ver que os trabalhos estão acontecendo com muita agilidade. As obras estão em andamento, com todas as ruas abertas, algumas inclusive asfaltadas.

Harrison Barros, da Deltaville, informa ainda que o empreendimento está totalmente regularizado, com todas as licenças e aprovações necessárias e que a previsão é de que as obras sejam concluídas antes do prazo concedido pelo Município.

“A empreendedora ciente de suas responsabilidades sociais e em sintonia com a sociedade que exige cada vez mais o comprometimento de seus cidadãos em busca da melhor qualidade de vida, projetou o Loteamento DeltaPark em atendimento ao disposto na lei 6.766/79 e às exigências da legislação municipal, tendo iniciado obras de implantação da infraestrutura básica e demarcação das áreas que deverão ser incorporadas ao patrimônio público, assumindo o compromisso de execução da totalidade das obras no prazo de dois anos”.

A secretária de Desenvolvimento Urbano, Célia Regina não foi localizada para falar sobre o assunto, por estar de licença médica, segundo funcionária da secretaria.

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