Sucessão de 2014 depende se crise dos EUA vai ou não estourar

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Por Jorge Serrão
Apesar do relativo favoritismo da candidatura petista que controla a máquina de fabricar votos, a sucessão presidencial de 2014 está aberta a surpresas desagradáveis. Tudo vai depender do obscuro cenário econômico de agora em diante. Persiste a dúvida se os EUA darão um salto quântico como potência, graças à energia do Xisto, ou se o seu descontrolado endividamento (junto com o de outros países, incluindo o Brasil) vai produzir uma crise mundial que deixará tudo política, econômica e psicossocialmente fora de controle, de uma hora para outra.
Seja qual for o grupo vencedor em 2014 – o mesmo que está no poder hoje ou os que ambicionam o Palácio do Planalto -, pouca coisa tende a mudar estruturalmente. Dilma Rousseff, Eduardo Campos/Marina Silva e Aécio Neves (os principais postulantes até agora) têm planos de governo bastante semelhantes. Todos são candidatos da Oligarquia Financeira Transnacional que coloniza o Brasil de forma cada vez mais sofisticada. Logo, pela via da dogmática urna eletrônica sem auditoria, não há sinais de mudança no front.
A pior herança maldita que a desgovernança petralha impõe goela abaixo do cidadão-eleitor-contribuinte é uma dívida trilionária que corresponde a 140 de tudo que nossa economia produz (o tal do Produto Interno Bruto – PIB). O Instituto Internacional de Finanças, que reúne os maiores bancos globalitários, adverte, propositalmente, que hoje convivemos com um perigoso e descontrolado passivo do setor público e do setor privado (incluindo empresas e famílias, porém excluindo o setor financeiro, que parece bem em qualquer circunstância).
Sob comando petralha, além do aumento da corrupção sistêmica, o Brasil comete os mesmos erros de sempre. Continuamos sem infraestrutura para qualquer projeto de desenvolvimento consistente e sustentável. A carga tributária, apesar de algumas demagógicas ou oportunistas desonerações, continua altíssima, infernizando a vida dos empreendedores – sem liberdade por aqui. O sistema educacional não mostra sinais qualitativos de evolução. E a sociedade, cada vez mais imbecilizada, ou fica passiva ou começa a reagir com uma inconsequente violência que só nos levará ao caos e a um regime ainda mais autoritário que a nossa falsa “democracia”.
Nesse cenário, ainda temos de suportar a figuraça do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva promovendo uma bravata virtual como a de ontem. Os marketeiros dele expuseram a marca Lula nas redes sociais para inflamar a massa de seguidores petistas. O plano imediato é uma guerra de contra-informação, para blindar, ainda mais, o grande líder. Lula quer neutralizar a divulgação de informações verídicas que contrariam seus interesses políticos e de negócio. Por isso, convocou os petistas a defenderem seu legado e o de Dilma: “Nós temos que estar presentes também nesse espaço (internet), explicando nosso projeto, mostrando os resultados concretos que alcançamos e ouvindo o que as pessoas têm a dizer”.
O Brasil está perdido como Nação. Aparentemente, o projeto socialista Fabiano de tomada do poder avança como nunca. Agora, a etapa de radicalização revolucionária nos centros urbanos, para forçar a adoção estatal de leis autoritárias, tem obtido excelentes resultados práticos no Rio de Janeiro e São Paulo – metrópoles que são midiáticas caixas de ressonância para o resto do País e para o mundo. As maiores cidades são laboratórios de teste em ações psicossociais que abalam o moral das pessoas, seja pelo medo e omissão ou pela reação truculenta contra tudo e contra todos – menos contra os verdadeiros inimigos do Brasil.
O caldo de cultura para o caos está bem implantado. Só falta estourar um grande problema no mundo – tipo super ataque terrorista ou um meteoro vindo do espaço para devastar as áreas mais habitadas do planeta – para que se consolide o redesenho do poder global, através da efetiva implantação da velha Nova Ordem Mundial, que institui o governo da ONU e o fim da soberania dos estados nacionais hoje conhecidos.
Na gestão de Barack Obama, neutralizando o núcleo duro de poder dos EUA e desmoralizando, gradualmente, suas Forças Armadas, o sistema globalitário já consolida as pré-condições históricas, culturais e psicossociais para a implantação do sistema de governança que interessa à Oligarquia Financeira Transnacional. No Brasil condenado à periferia global, sob gestão capimunista dos socialistas fabianos (tucanos, petistas e afins), as bases para a transformação radical da Nova Ordem Mundial não estão ainda claramente prontas.
Mas como a periferia, sorry, costuma ser arrastada pela avalanche na metrópole, qualquer cataclisma nos EUA, por extensão na China e na Europa, vão mostrar o quão frágil é o nosso Titanic Capimunista. O mais assustador é que a mídia está obrando e andando para tal fenômeno. Os intelectuais orgânicos seguem nessa mesma balada de ignorância das “Zelites”. E os segmentos esclarecidos da sociedade, incluindo os militares, assistem, bestificados, ao começo de um fim bem previsível das liberdades e da democracia.
O Teatro de Operações Globalitárias é bem definido. A Oligarquia Financeira Transnacional segue firme na implantação da Nova ordem Mundial. O núcleo duro do poder dos EUA, que ainda defende os valores dos fundadores de 1776, parece mais aturdido que barata tonta. Outra fonte de reação à Nova Ordem, a Igreja Católica, também é vítima da mesma guerra assimétrica de anti-valores e não sabe se terá tempo hábil para um reordenamento de retorno aos valores originais da cristandade.
Eis um cenário de um mundo cada vez mais difícil de entender e de sobreviver nele – sem cair em vários pecados: na tentação corrupta, na depressão pela resignação, na inação de que nada pode mais mudar para melhor e na resposta barbaramente violenta e inconsequente a tudo que parece errado, fabricando cada vez mais medo, violência e terror que tanto lucro dão aos esquemas globalitários de guerra e pretensa segurança.
Onde o mundo vai parar? É pergunta para ser respondida por uma Força Maior – embora cada vez mais gente deixe de acreditar nela…
Resistir é preciso. Amor, Fé e Esperança, virtudes teologais bem conhecidas, se praticadas com mais primor e menos desleixo, podem recolocar o indivíduo no caminho certo para melhorar o mundo a partir da realidade próxima de cada um, da família até a Pátria (palavra que a Nova Ordem Mundial considera um palavrão a ser abolido).

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