FBC diz que transposição atingiu 50% das obras e tornou-se irreversível

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Mesmo depois de sair do Ministério da Integração Nacional, onde tocava a transposição das águas do São Francisco, o ex-ministro FBC defende o projeto e garante que não há mais riscos de que a obra venha se tornar um elefante branco. A defesa enfática do projeto foi feita nesta manhã de terça-feira, em um hotel do Recife, em encontro com blogueiros do Estado.
“Já atingimos 50% de execução física da obra. Neste ano, teremos o maior ano em termos de desembolsos. Até dezembro, devemos ter ultrapassado R$ 1 bilhão em investimentos”, afirmou Bezerra Coelho, desculpando-se por usar o nós nas frases sobre a obra federal. Disse ser um cacoete do tempo de ministro, mas também pode ser interpretado como uma fina ironia com os petistas que cobram paternidade em obras federais no Estado, no discurso contra o governador Eduardo Campos.
FBC ainda comemorou que, neste momento, existam 99 frentes de trabalho na transposição, operando até mesmo à noite. A oposição, especialmente os tucanos, já metralharam bastante o atraso na obra, importante para o desenvolvimento regional.
O atual ministro da Integração Nacional chama-se Francisco Teixeira, sem filiação partidária, embora ligado a Cid Gomes, agora no PROS.
Ao analisar a obra, tentando explicar os atrasos, o ex-ministro culpou a divisão em 16 frentes de serviço, no passado. “Foi um erro, ajudou a atrasar, eu defendo que a obra seja feita de forma integrada”, comentou.
O projeto básico na obra vem do governo FHC, em 2001. No entanto, somente em 2007, foi dada a ordem de serviço, no governo Lula. Se tudo der certo, a obra fica pronta em 2015. Orçada inicialmente em cerca de R$ 4,7 bilhões, a obra já custa R$ 8,2 bilhões.
“No projeto original, previa-se apenas R$ 400 milhões para questões ambientais. Neste, temos pelo menos R$ 1 bilhão em compensações ambientais. O valor real das obras é menor, assim, de R$ 7 bilhões”, comparou FBC.

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