Entre os seis candidatos à presidência do PT

 

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Candidatos ao cargo de presidente nacional do PT aproveitaram o último debate antes do processo de eleições diretas, para criticar o leilão do pré-sal, realizado no último dia 21 pelo governo. Eles condenaram também a atuação do Exército para garantir o processo, reprimindo os protestos.

A eleição do novo dirigente nacional e também nos Estados será no dia 10 de novembro. Participaram do debate, que foi transmitido pela internet, o atual presidente, Rui Falcão, que tenta ser reeleito, além dos cinco candidatos: Markus Sokol, Paulo Teixeira, Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar.

De acordo com Markus Sokol, apesar de não ter ocorrido registro de violência mais grave “até com mortes”, a ação para intimidar os sindicatos foi condenável. “Houve intimidação. A violência começa assim”, afirmou o candidato. Já para Rui Falcão, o atual presidente do partido, as manifestações contrárias à realização do leilão foram “pequenas”. “Havia uma oposição de 400 manifestantes que estiveram lá. É uma mobilização pequena”, afirmou. Sokol rebateu e acusou Falcão de “desprezar 400 trabalhadores”.

AUTOCRÍTICA

Para Valter Pomar, é preciso ter uma postura de autocrítica em relação ao governo petista. “O nosso partido tem que estimular o governo brasileiro a não ter uma postura ambígua”, disse ele, numa referência também à participação da força de segurança durante o leilão. O debate do governo com os trabalhadores e oposicionistas do leilão do campo de Libra deveria ter acontecido antes de sua realização foi a opinião levantada pelo candidato Renato Simões.

Já Serge Goulart, que faz parte da corrente Esquerda Marxista, criticou o modelo de partilha escolhido para o leilão. “Imagina um companheiro nosso indo numa reunião dos petroleiros e dizendo que ‘vamos enganar as multinacionais, vamos vender 60% e ficar com 85%’. Eles vão dizer que a gente não saber fazer conta”, explicou. Ele defendeu, inclusive, a anulação do leilão do campo de Libra.

Outro concorrente ao comando do PT, Paulo Teixeira afirmou que “é crucial” para o partido se relacionar melhor com os movimentos sociais. “Mas o que vejo é um processo crescente de burocratização do nosso partido”, criticou ele.

CRÍTICAS ÀS ALIANÇAS

Alguns candidatos voltaram a fazer críticas às alianças do governo Dilma Rousseff. Para Goulart, é “preciso rever completamente” essas políticas.

Renato Simões ponderou que apesar de ser natural “alianças de sustentação no Parlamento”, o PT precisa esforçar-se para conseguir efetivar uma verdadeira reforma política. Ele citou nominalmente o PMDB, que para ele, muitas vezes, “faz muito mais estrago que a oposição”.

Com um bloco do debate formulado com base em perguntas enviadas por internautas, alguns candidatos comentaram sobre outros temas polêmicos, como a regulação da mídia.

Fonte: O Tempo

 

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