Senado retoma votação para Presidência; acompanhe ao vivo

A disputa está acirrada. A sessão da sexta-feira (1/2) foi encerrada após cinco horas de duração


RH Rosana Hessel
foto de sessão do Senado Federal para escolha do novo presidente(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Depois da sessão tumultuada de ontem, que precisou ser adiada para este sábado (02/02), os senadores retornaram ao Plenário do Senado Federal a fim de concluir a eleição da nova Mesa Diretora da 56ª Legislatura, com 16 bancadas. Contudo, a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinando o voto fechado, atrasou o início da sessão, que estava previsto para às 11h.
Pela manhã, um grupo de senadores se reuniu para tentar valer a votação de ontem que decidiu por 50 votos a 2 pelo voto aberto na eleição da mesa. Mais cedo o senador Lasier Martins (PSD-RS) citou as articulações para garantir o voto aberto. “Vamos nos reunir com outros senadores para discutir que alternativas vamos adotar. São várias hipoteses. O que nao abrimos mão é que o voto seja aberto ou quem assinou o abaixo assinado do voto aberto diga publicamente que vai votar em alguém que é contra o Renan (Calheiros – MDB-AL)”, disse.
Renan foi escolhido pelo seu partido para concorrer à presidência do Senado pela quinta vez. Além de Renan, estão na disputa Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é o único integrante da mesa diretora da Legislatura anterior e presidia a sessão de ontem por esse motivo. Em seu despacho, Toffoli determinou que Alcolumbre, como é candidato, se retire da presidência e o senador mais velho da Casa, José Maranhão (MDB-PB), assuma.
Segundo Martins, a obstrução é uma das hipóteses que devem ser utilizadas para o adiamento da sessão. “Precisamos ganhar tempo. Se não conseguirmos o voto aberto hoje com garantia de fidelidade ao abaixo assinado de 50 senadores, precisamos de um tempo para adiar a votação para segunda ou terça ou quarta-feira. Não podemos abrir mão daquilo que é o clamor público .Todo mundo quer fora Renan. Vamos fazer de tudo para cumprir o que o povo esta querendo”, afirmou.
Já a oposição vai optar por cumprir a decisão do Supremo. “Vamos pedir para que respeitem a decisão do Supremo. Não foi respeitada ontem, não é possível que desrespeitem hoje, que foi reiterada”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
Para ser eleito, o candidato precisa receber no mínimo 41 votos ou ser o mais votado no segundo turno. A votação será por cédulas. Ao todo, nove senadores disputam a presidência: Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (Sem partido),  Ângelo Coronel (PSD–BA), Alvaro Dias (Pode-PR), Major Olímpio (PSL –SP), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet (MDB-MS).
Confira aqui o que disseram os candidatos em discurso no plenário. Confira ainda o discurso de Renan Calheiros, apontado como um dos favoritos.

Atualizações

Por volta das 14h30, Álvaro Dias e Major Olímpio renunciaram à candidatura, sem dizer quem apoiam.  Quinze minutos depois, Simone retirou a candidatura e declarou apoio a Alcolumbre.

Numa primeira tentativa, a eleição do Senado teve 82 votos, sendo que a Casa tem 81 senadores. Fato indica que algum parlamentar tentou violar o processo. Após a falha na votação, a confusão tomou conta do plenário. Os senadores discutiram se anulariam dois votos que estavam fora de envelopes ou se faziam nova eleição.

Uma nova eleição já começou, após votos anteriores serem triturados por uma máquina de cortar papel. Essa segunda votação também será secreta. As cédulas estão sendo entregues aos parlamentares.

Durante discurso em maio a segunda votação, o senador Renan Calheiros anunciou que renunciou a candidatura.
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