Tucanos acusam ministro da Justiça de forjar um novo “dossiê dos aloprados”

 

aloysio nunes ferreira - foto jose cruz-ABrOs líderes do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e na Câmara, Carlos Sampaio (SP), condenaram nesta terça-feira, em coletiva de imprensa concedida em Brasília, o que chamaram de “manipulação de informações” por parte do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nas investigações sobre o cartel nas licitações do metrô e trens em São Paulo.

Ambos compararam o episódio ao chamado “Escândalo dos Aloprados” quando petistas, em 2006, tentaram comprar um falso dossiê para incriminar políticos o PSDB.

Carlos Sampaio chegou a citar outros dossiês montados por petistas como o das Ilhas Cayman e o da Lista de Furnas.

“O episódio da Siemens nos remete a um episódio muito parecido, que eu definiria como ‘Aloprados 2’, com uma diferença. No dossiê dos Aloprados foram presos aquele que foi o tesoureiro do PT e o que se intitulava advogado do partido, o Gedimar e o Valdebran”, ressaltou o líder na Câmara.

Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o Senado tem o direito de ter acesso aos dados divulgados que o envolvem, acrescentando que o ministro da Justiça conduz o caso “com falta de decoro e de seriedade”.
“Vamos passar a limpo toda essa questão. Quanto a mim, pessoalmente, eu quero dizer a vocês que esse episódio me causa um intenso sofrimento pessoal. Intenso, porque vi o meu nome misturado a um episódio nebuloso, a partir de um documento falso”, disse o senador.

“(As informações) fizeram crer que eu fazia parte de algum esquema. Esquema quer dizer combinação, complô, para promover o cartel em troca de vantagens indevidas. Isso que foi tornado público me causa um profundo sentimento pessoal, além da indignação”, afirmou o líder tucano.

O ministro da Justiça, ao defender-se dos ataques dos tucanos, disse que se limitou apenas a enviar os documentos que supostamente incriminaram tucanos para exame da Polícia Federal. Isso é sua obrigação e ele faria com qualquer um, garantiu.

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