Partidos de oposição contestam balanço positivo feito pelo governador Wagner
Lideranças de oposição no estado contestaram ontem o balanço administrativo feito pelo governador Jaques Wagner (PT), em entrevista publicada na edição de ontem da Tribuna. Segundo eles, o governo termina mais um ano deixando lembranças negativas de mais violência e crises financeiras.
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizou a declaração de que o governo promoveu uma “revolução silenciosa” na Bahia. “Foi tão silenciosa que até agora nenhum baiano escutou nada”, disse.
O peemedebista também se contrapôs à fala de que a oposição não reconhece as “marcas” que a população tem observado no interior baiano, como o “Água Para Todos, as estradas, o volume de PSFs, e o apoio à agricultura familiar”.
“Quando viajo, as marcas que ouço da população são as greves, a violência, a não valorização do funcionalismo público, o abandono das escolas e das universidades estaduais de ensino, a falta de política para minimizar efeito da seca”, criticou o parlamentar.
O presidente estadual do DEM, deputado estadual Paulo Azi, atribuiu o suposto “fracasso na gestão” à antecipação pelo governador das movimentações políticas para 2014.
“A Bahia está pagando um preço caríssimo por causa dessa prioridade política. Somente na última semana houve três grandes denúncias contra o seu governo, na saúde, na licitação de contratos para projetos da ponte Salvador-Itaparica e em um contrato da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti)”, pontuou.
Na mesma linha, o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Carlos Gaban (DEM), disse que “o olhar do governador está totalmente diferente daquilo que o baiano está vivendo no seu dia a dia”.
“Ele vai conseguir uma grande arrecadação com o Refis, de R$870 milhões, que deve chegar a R$ 930 milhões, mas houve um aumento de gastos com o custeio neste ano, apenas para prestigiar a classe política”, disparou o deputado.
O democrata ainda fez objeções ao balanço da segurança pública.
“Ninguém fez tanto pela segurança pública porque hoje estamos presos em nossas casas por causa dos bandidos. Não culpo o secretário, mas o governo não destinou os recursos que deveria para o setor. Os dados são falsos, os policiais estão sem coletes à prova de balas e há uma insatisfação da tropa. Só ele está vendo que a segurança melhorou”, criticou.