PSD sela apoio a Rui Costa em 2014
Lilian Machado
Fundado em 2011, em âmbito estadual pelo vice-governador Otto Alencar, que também ocupa o cargo de secretário estadual de Infraestrutura, o PSD sela hoje, oficialmente, o apoio ao PT e ao candidato ao governo pela sigla para as eleições de 2014, secretário da Casa Civil, Rui Costa.
Em um evento a ser realizado a partir das 9h, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo, os pessedistas dão o primeiro passo para o processo eleitoral, mostrando que a perspectiva será a de manter a aliança, iniciada em 2010 entre Otto e o governador Jaques Wagner (PT). Considerado um dos quadros fortes do governo, sendo uma das lideranças políticas mais conhecidas em toda a Bahia, diante de sua larga trajetória, iniciada no grupo do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, Otto é tido como peça-chave para que os petistas construam com mais facilidade o caminho para o êxito no ano que vem.
Com a contribuição política, o vice-governador desmistifica qualquer expectativa inicial que havia no meio político de rompimento com Wagner e possível lançamento do próprio nome para o Palácio de Ondina. Lideranças do PSD haviam sinalizado por diversas vezes o desejo de apresentá-lo, como uma opção para liderar o governo baiano.
“É a confirmação da minha palavra. Há 3 anos venho dizendo que sou candidato ao Senado, não sou de desistir”, disse Otto, ontem. Segundo ele, trata-se de uma união que deu certo em 2010 e que tem caminhado para ter sucesso em 2014. O vice-governador já foi confirmado pelo próprio Wagner, como o postulante ao Senado, que estará ao lado de Rui no pleito que decidirá a sucessão na Bahia.
Otto Alencar diz que agora é hora de trabalhar
Demonstrando experiência em eleições, o vice-governador destacou a unidade em torno de Rui Costa e alertou para que todos trabalhem em prol da vitória. “A história real é depois da eleição. Agora é trabalhar muito, respeitando o adversário, pois só temos o resultado da eleição no outro dia”, enfatizou. O governador e o secretário Rui Costa estarão presentes na reunião, bastante esperada para acontecer logo mais.
“A expectativa é a melhor possível. Deputados estaduais, federais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, lideranças e amigos, todos aceitaram a aliança. Já está tudo tranquilo e as relações vão de vento em popa”, disse. Atualmente, o PSD tem 72 prefeitos.
Segundo Otto, seu projeto de ir para o Senado está ligado ao desejo de promover as reformas necessárias no País, como a tributária e a política, relacionando as dificuldades das administrações estaduais e municipais, atualmente. “Já existe muita coisa sendo encaminhada no Congresso Nacional, mas precisamos analisar muitas situações, como por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo federal baixa o IPI da linha branca, dos carros e cai a receita das prefeituras. Com esse cenário, muitos prefeitos não têm culpa em ter suas contas rejeitadas. Este ano foram 202 com contas reprovadas. Até o último ano em que fiz parte do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) foram cerca de 70. Precisa-se de reformas urgentes”, justificou. Entretanto, apesar de ressaltar a sua postulação, Otto fez questão de frisar que “não houve imposição”. “Meu projeto é esse e está surgindo naturalmente”.
A antecipação das movimentações político-partidárias rumo ao pleito foi considerada natural. “Aconteceu mesmo, então vamos tocar”, afirmou. Otto não quis comentar sobre as possibilidades que o governador e o candidato Rui têm nas mãos para escolher o vice. “Não compete a mim”, restringiu.
Fonte: Tribuna