ACM Jr. nega volta à política

Lilian Machado

Em momento de discussão sobre o cenário eleitoral de 2014, mas com expectativa de fechar a composição após o Carnaval, a oposição estaria estudando alguns nomes para a posição ao Senado. Em meio às possibilidades, voltou à tona esta semana a especulação sobre o retorno do ex-senador Antonio Carlos Magalhães Júnior à política.

Simpatizantes da ideia dizem que a campanha do ex-senador seria embalada pelo filho ACM Neto, hoje a principal liderança oposicionista no estado. No entanto, o professor e dirigente da Rede Bahia nega de forma enfática a possibilidade de retornar à política. “Não há a menor possibilidade. Minha prioridade é continuar à frente da Rede Bahia”.

O nome de ACM Júnior volta à tona numa composição ao lado do peemedebista Geddel Vieira Lima, que sairia ao governo, e João Gualberto, para a vice. Isso, em caso de o ex-governador Paulo Souto não entrar na disputa pela majoritária. A vaga induz ainda a um clima de tensão e exigiria uma escolha criteriosa dos oposicionistas, já que do outro lado estão pré-candidatos ao Senado competitivos, como a ex-ministra do STJ, Eliana Calmon e o vice-governador Otto Alencar (PSD).

Além do próprio ACM Júnior, o assunto é negado pelas principais lideranças do DEM na Bahia. “É claro que é um nome de muito respeito, mas até o momento isso não foi discutido. Se ele mostrar interesse, aí nós podemos discutir, mas não se discutiu isso porque ele tem dito que a prioridade é cuidar dos negócios da família”, disse o presidente do DEM, Paulo Azi. O dirigente do DEM em Salvador, Heraldo Rocha, enfatizou que Júnior teria feito um grande mandato como senador, mas que até agora não haveria conversas nesse sentido.

Neto diz que Geddel e Souto estão na dianteira

Apesar de não explicitar as negociações políticas com os partidos sobre as eleições de 2014, o prefeito ACM Neto (DEM) destacou ontem a maior possibilidade em torno dos nomes do ex-governador Paulo Souto (DEM) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Em entrevista à rádio Tudo FM, Neto considerou a naturalidade das especulações sobre o processo político. “Tenho conversado com as lideranças dos diversos partidos. É natural que nos próximos dois meses a gente intensifique as conversas”.

A liderança democrata destacou que não houve clamores por nomes. “Paulo Souto jamais ouviu de mim nenhum apelo para ser candidato a governador. Um homem com a história, a responsabilidade e a envergadura de Paulo Souto não precisa de apelo de ninguém para tomar decisões importantes para o futuro da Bahia. Se ele mostrar disposição de colocar o seu nome, vai ser avaliado dentro deste contexto dos diversos partidos. Jamais nós chegamos para ficar pedindo, apelando, implorando para ninguém ser candidato”.

Mas em seguida frisou que “Paulo e Geddel são os dois nomes que estão na dianteira desse processo político das eleições. Ele poderá ser candidato a governador e poderá não ser. O Democratas não vai impor ou vetar. Pode ser Paulo, Geddel ou outro candidato que venha a surgir desse campo de partidos”, acrescentou. O prefeito também comentou a possível abertura do PV para se articular com outros grupos. Conforme adiantado pelaTribuna esta semana, o PV está conversando com o PSB da senadora Lídice da Mata. O partido está presente na administração municipal, tendo a vice-prefeita Célia Sacramento e o secretário deCidade Sustentável, Ivanilson Gomes.

“Eu acho que o PV e o PPS devem marchar com o Democratas, mas essa é uma decisão que só deve ser tomada na hora certa. Eu não posso cobrar apoio do PV e do PPS se ainda não temos candidato a governador. Na hora que esse conjunto apresentar o seu candidato vamos acertar essa conversa. Até lá, é natural que eles conversem com todo mundo”, destacou.

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