Ex-gestor de Uauá (BA) aplica mais um calote e compromete folha de pagamento
Grazzielli Brito – Ação Popular
O ex-prefeito de Uauá, Bahia, Jorge Lobo (PRTB), deixou mais uma ‘surpresa’ para o seu sucessor Olímpio Cardoso (PDT). Desta vez Olímpio descobriu que o município estava sem pagar ao INSS os meses de outubro, novembro, dezembro e 13º, totalizando uma dívida de R$ 1.269.518,64. Já existia uma dívida parcelada com o INSS que era descontada do fundo de participação do município no valor de 137 mil reias, com essa nova dívida, em março esse desconto foi maior que 400 mil. “Esse mês ficou complicado. É um volume grande de irregularidades, não estou lamentando a situação porque tinha conhecimento do caos administrativo, mas tem coisa que a gente não imagina tipo isso: quatro meses de INSS sem pagar”, disse Olímpio.
O prefeito revela que a renda do município fica em torno de um milhão e duzentos, só que desse dinheiro 25% sai para o FUNDEB (educação), 15% para a saúde, os 137 mil do INSS (parcelamento de dívida), 25 mil de dívida trabalhista, 104 mil para a câmara, isso até fevereiro porque a partir de março esse valor vai ser 130 mil. “A gente fica sem recurso, pra piorar estamos sem assinar convênio porque a prefeitura está inadimplente, desde a ultima gestão ”, conta Olímpio.
Sobre a dívida trabalhista citada o prefeito diz que “ele mesmo (Jorge Lobo) colocou os funcionários contra a prefeitura e não fez defesa do município. A Justiça do trabalho deu ganho de causa aos funcionários e desconta 25 mil por mês dos cofres públicos de Uauá, essas coisas inviabilizam totalmente a nossa administração”.
Ainda sobre a nova dívida do INSS, Olímpio disse: “Nosso procurador já foi no INSS e fez a negociação, agora a gente tem até dia 20 pra começar a fazer o pagamento, mas já bloqueou uma quantia. Não temos outra saída, o débito existe, é do município e a gente vai ter que pagar”, finalizou.
Em resposta o ex-prefeito Jorge Lobo, quebrou o silêncio e enviou uma nota através do face dizendo que os débitos não são dele e sim da atual administração, referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Em meio a ataques desnecessários à atual administração, a nota diz que as dúvidas podem ser esclarecidas na receita federal de Feira de Santana. Entretanto a prefeitura possui documentos que comprovam a dívida desde 2012.
“Em um país onde as coisas funcionam um ex-prefeito medíocre e cara de pau como este era para está na cadeia há muito tempo. Ele tem vários processos tramitando na justiça desde a primeira gestão por prática de crimes econômico e político. Desde janeiro quando Olimpio assumiu vem se deparando com inúmeras falcatruas a exemplo de ter recebido notificação da secretária Estadual de Educação referente ao calote por ele praticado quando não pagou os motoristas do transporte escolar. Outros golpes praticados por ele são: empréstimos consignados dos funcionários que foram descontados e não repassados aos bancos; golpe na praça quando comprou e não pagou deixando o nome da prefeitura sujo em Feira de Santana, Euclides da Cunha, Juazeiro, Petrolina, Uauá, Senhor do Bonfim e outros municípios; recursos de convênios que desapareceram a exemplo da Casa do Mel e da recuperação da estrada de São Paulinho; não comprovação da aplicação dos recursos para a construção de casas para o combate a doença de Chagas; desaparecimento de mais de 300 mil que deveriam ser aplicados no programa carro pipa para as famílias que estão sofrendo com a seca; compra de material escolar que nunca chegou as escolas”.
“Agora se ele estivesse pago ao INSS – como ele disse- deveria ter apresentado os comprovantes. Na verdade, ele entrou em desgraça pública e corre o risco de ser preso a qualquer momento. Esta é a resposta para este dejeto humano lutrido que continua indo para a imprensa tentar enganar o povo de suas picaretagens. Ainda com relação ao sequestro do INSS, a folha de pagamento dos funcionários para este mês de março está comprometida. Agora imagine os funcionários ficarem sem receber por causa desse rapazinho?”, desabafa o assessor jurídico Pedro Peixinho.