“A Adutora do Forró deveria ter sido discutida com a comunidade”, diz diretor do SAAE

Jean Marcelo

Grazzielli Brito – Ação Popular

O diretor do SAAE/Curaçá, Jean Marcelo fala a respeito da polêmica em torno da Adutora do Forró durante audiência pública que aconteceu em Barro Vermelho distrito do município recentemente. Para Jean é preciso uma discussão antes da conclusão da obra para que ela não seja terminada de forma errônea e depois seja necessário refazê-la. “Não se pode fazer uma obra dessa dimensão, com recursos do povo, e depois ter que refazer, é gastar duas vezes”.

A questão é que a adutora deixa de atender os assentamentos e fazendas que se encontram no caminho que a água vai percorrer entre Curaçá e seus destinos: Barro Vermelho, Poço de Fora e Esfomeados. O projeto da adutora do forró não foi discutido com as comunidades, nem com município, dessa forma as obras já estão em andamento e muitas pessoas estão insatisfeitas. Jean Marcelo fala da necessidade de discutir o projeto com a comunidade. “No ano passado, o Projeto Água para Todos foi implantado em Curaçá sem esse momento de discussão, não houve fiscalização e hoje existem vários problemas em torno daquela obra. Esse processo de construção da obra deve ser participativo”.

Os assentados já se manifestaram e garantem que se o governo não mudar o projeto, eles vão tomar uma atitude, o que infelizmente pode ser a retirada da água furando os canos da adutora o que prejudicaria o serviço. “Nos preocupamos com o que vamos enfrentar depois da obra concluída, vamos ter que zelar por ela e não vai ser fácil. Se ficar dessa forma as pessoas que não vão ser beneficiadas vão precisar pensar em quem está lá na frente, onde a água deveria chegar. A água é potável e dimensionada a uma certa quantidade de pessoas. Mas, acredito que esse projeto precisa ser modificado”.

Em relação à atuação do SAAE no município ele conta que muitas ações estão sendo feitas junto à prefeitura para aperfeiçoar o trabalho. “A administração municipal está correndo atrás, em Brasília, em Salvador. Trazendo mais carros pipas, adutoras e a recuperação de dessalinizadores para os distritos atendidos por poço artesiano”.

“Uma das primeiras atitudes do SAAE foi pedir a manutenção desses dessalinizadores. Encontramos todos desativados, porém, já tomamos providências solicitamos a CERB (Companhia de Engenharia Ambiental e de Recursos Hídricos da Bahia) através de ofício. A manutenção desses equipamentos que é caríssima”, revela Jean.

O diretor do SAAE contou também do empenho do órgão para elaborar, urgentemente, o plano de saneamento do município. “Essa é uma exigência do governo federal para que possamos realizar convênios futuros e receber obras como, saneamento e sistema de adução, sem esse plano de saneamento não temos mais recursos. Nos foi dado um prazo até esse ano de 3013”, Jean Marcelo revela que esse plano já deveria existir, mas que a administração passada prorrogou o prazo de entrega várias vezes e não elaborou. “Até maio deste ano promoveremos audiência publica nesse sentido. Nesse plano vamos fazer nossas próprias leis, para realizar as obras da melhor forma, mais concreta e de acordo com a real participação da comunidade”, finalizou.

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