Prestadores de serviços em escolas do Estado, em Juazeiro, passam necessidades

Servidores reunidos na APL-Sindicato

Thalita Bezerra – Ação Popular

Funcionários da empresa Assemp que trabalham em Juazeiro, Bahia, lotados nas escolas da rede estadual, ocupando cargos de merendeiras, serviços gerais e agentes de portaria, denunciam que estão com quatro meses sem receber salários e passando necessidades. Como se não bastasse à complicada situação, eles denunciam ainda casos de humilhações e perseguições praticados por alguns diretores de escolas quando os pressionam a trabalharem mesmo passando por dificuldades em seus lares.

Segundo uma determinada auxiliar de serviços gerais que trabalha há mais de 2 anos em uma unidade escolar, afirma que durante este tempo tenta encontrar uma saída com a direção da empresa e não consegue. “Toda semana ligamos para a empresa que tem sede em Lauro de Freitas e a resposta é a mesma que vão pagar na segunda-feira ou na sexta-feira, mas até agora nada”. Ela ressalta ainda as humilhações praticadas por uma determinada diretora da escola. “Nós estamos trabalhando e cumprindo horário, mas a direção da escola não quer nem saber de nos em ajudar, querem somente que agente trabalhe e pronto, caso falte um dia ela ameaça descontar na folha ou então devolver agente para a empresa. Se o clima dentro de nossas casas é péssimo na escola as pressões são as piores. Espero que o Ministério do Trabalho, através de Doutora Edésia Barros não só puna a empresa como também a diretora que está cometendo crime de assédio moral”, desabafa um determinada funcionária que decidiu não se identificar temendo mais perseguições.

O Ministério do Trabalho pode ser acionado a qualquer momento

“É água e luz cortada, aluguel atrasado, filhos dentro de casa passando fome, sem contar que estou cirurgiada e não consegui receber o auxilio doença que é concedido pelo INSS. Todos nós estamos nessa mesma situação, ontem mesmo quando liguei para a empresa um encarregado da Assemp chamado Franklin chegou a debochar da gente dizendo que não podia fazer nada”, desabafou uma agente de portaria.

Desesperada, ela disse que procurou a Direc 15. “Fomos lá e eles se recusaram em resolver o nosso problema, mas se fosse em ano eleitoral eles teriam resolvido no mesmo momento”, informa uma determinada merendeira.

Diante do impasse, o diretor da APLB Sindicato, Antonio Carlos, informou que em contato com a empresa Assemp a Chefe de recursos Humanos, Adriana assegurou que a direção da empresa estaria regularizando a pendência de 4 meses de salário em atraso até o final da tarde de ontem o que não ocorreu. Além disso, prometeu regularizar os créditos do FGTS e do INSS. “Caso não venha acontecer à liquidação desse débito que a empresa tem com os funcionários seremos obrigados a acionar a Delegacia do Trabalho”.

Por outro lado, o diretor afirmou que haverá uma assembléia com os funcionários, com a presença da Coordenadora de Direc 15, Ednalva dos Santos para tentar resolver o problema.

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