Jogadores da base se destacam e buscam espaço no elenco do Bahia

Gabriel Rodrigues
Joias da base, André e Everton comemoram gol marcado contra o NáuticoJoias da base, André e Everton comemoram gol marcado contra o Náutico (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)
Pratas da casa ocupam setores carentes do tricolor

A abertura da janela de transferências, no último dia 18 de julho, criou nos tricolores a expectativa por reforços para incrementar o elenco do Bahia na disputa da Série B. Até aqui, o Esquadrão anunciou as chegadas dos atacantes Copete e Igor Torres, e do zagueiro Noga. Mas são os atletas formados nas categorias de base do clube que têm chamado a atenção.

Contra o Náutico, na última sexta-feira, o gol do garoto Everton fechou o triunfo tricolor por 3×0, na Fonte Nova. Foi a primeira vez que o atacante balançou as redes como profissional, mas deixou um recado ao técnico Enderson Moreira de que pode ser mais utilizado na temporada.

Entre equipe principal e sub-20, Everton tenta seguir os passos de outros jogadores da base que conseguiram se firmar no time principal e deixaram  para trás jogadores mais rodados que foram contratados na atual temporada e, em tese, desembarcaram no clube com carimbo de titulares.

As laterais do Bahia, aliás, ilustram bem esse cenário. Do lado direito, Jonathan foi anunciado com pompas de ter sido campeão da Série B do ano passado pelo Botafogo, além de somar outros três acessos no currículo. O jogador de 29 anos não conseguiu ter sucesso. Pelo contrário. Foram apenas 11 jogos pelo clube. No mês passado, ele rescindiu o contrato.

Desde o início do ano, os garotos Douglas Borel e André, de 20 e 18 anos, respectivamente, se revezam no setor. André ganhou a posição após a chegada de Enderson Moreira e tem recebido elogios do comandante.

Do lado esquerdo, Matheus Bahia não começou bem o ano e viu Luiz Henrique e Djalma brigarem pela posição. Aos poucos, o prata da casa recuperou espaço e retomou a condição de titular do setor. Aos 22 anos, Matheus está em sua terceira temporada no time de cima. No ano passado, ele disputou 51 jogos. Marcou três gols e deu cinco assistências.

OPORTUNIDADES
Na atual edição da Série B, o Bahia já utilizou 11 jogadores formados nas categorias de base. O último que estreou na equipe principal foi o meia Patrick Verhon, de apenas 17 anos. Sobrinho de Edinho Jacaré, campeão brasileiro pelo Esquadrão em 1988, ele ganhou os primeiros minutos no confronto com o Náutico.

“Eu já tinha solicitado a presença dele [Patrick Verhon] essa semana. O que fez ele ganhar essa chance foi tudo que ele tem feito no sub-20. É um menino novo, que precisa ganhar chances, uma situação normal. Foi muito bom ele participar, entrar com o placar mais próximo de ser um placar final, com vantagem. Ele mostrou muita qualidade, lucidez, é um jogador inteligente, com boas perspectivas para o Bahia”, afirmou o técnico Enderson Moreira.

Os atletas oriundos da base estão em níveis de consolidação diferentes dentro do grupo azul, vermelho e branco. Assim como Patrick Verhon e Everton, o volante Miqueias, o meia Gregory e o atacante Marcelo Ryan ainda estão em busca de espaço. Com mais bagagem, o volante Patrick e o meia-atacante Marco Antônio se juntam aos laterais entre os mais frequentes no time.

Quem também vive situação de destaque é o zagueiro Gabriel Xavier. Lançado por Guto Ferreira, ele ganhou mais chances após a chegada de Enderson Moreira e fez bons jogos entre os titulares, a ponto de ter a permanência no time pedida com frequência entre os torcedores tricolores.

“É importante enaltecer os jogadores da base, o Bahia precisa ser um clube formador. Esses jogadores precisam ganhar maturidade e se agigantar dentro do clube. Eu gosto muito de ver essa garotada ganhando espaço”, analisou o treinador tricolor.

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