Estadão aponta decomposição moral e fim melancólico de Moro

Jornal destaca que processo aberto pelo STF para investigar o ex-juiz da Lava Jato marca o “fim melancólico para aquele que se dispôs a ser a palmatória do mundo”

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O jornal O Estado de S. Paulo aponta em seu editorial deste domingo (21) que o ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil) “algoz de políticos e empresários de variados carizes, está em acelerado processo de decomposição”.

O jornal paulista observa que Moro e ex-integrantes da Lava Jato são alvos de um processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a acusação do empresário e ex-deputado estadual paranaense Tony Garcia de que foi usado pelo então magistrado para atuar como uma espécie de “agente infiltrado” para  chantagear, com objetivos políticos, magistrados, empresários e parlamentares.

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O caso foi trazido a público pela primeira vez em 12 de junho do ano passado, quando a TV 247 veiculou, por mais de três horas, programa  intitulado “Exclusivo: A Entrevista-Bomba de Tony Garcia“. O subtítulo expandia a informação: “Empresário Delata Moro e Procuradores de Curitiba”.

“Mas o infortúnio de Sérgio Moro e do time da Lava Jato não parece ser um fato isolado, e sim parte de uma espiral de desmoralização total da operação que messianicamente pretendeu salvar o Brasil da corrupção”, destaca o Estadão.

Ainda conforme o editorialista, a percepção foi reforçada pelo ministro do STF Dias Toffoli que qualificou a prisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “um dos maiores erros judiciários da história do País”, fruto de uma “armação” da Lava Jato – cujos operadores, segundo Toffoli, tinham um “projeto de poder”, de “conquista do Estado”, chocando o “ovo da serpente dos ataques à democracia”. Ou seja: a Lava Jato resumia, em si mesma, tudo o que de pior havia no País”.

“Que fim melancólico para aquele que se dispôs a ser a palmatória do mundo”, finaliza o texto.

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