De acordo com as pré-candidaturas atuais, as capitais mais disputadas pelos congressistas estão na região Sudeste, sendo São Paulo a com maior número de deputados pré candidatos. Ao todo, quatro parlamentares pleiteiam o Executivo paulista: os deputados Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Salles (PL), Kim Kataguiri (União Brasil) e a deputada Tabata Amaral (PSB).
Pré-candidaturas, como o nome indica, ainda não foram oficializadas e podem ser alteradas por articulação interna dos partidos ou ainda por alianças com outras siglas. Uma dessas movimentações é a janela partidária, que pode possibilitar a candidatura de outros nomes. A janela começa em 7 de março e vai até 5 de abril. Assim, há possibilidade de o número de congressistas que realmente sairá como candidato aumentar ou diminuir até 9 de maio.
A disputa por São Paulo deve ter reviravoltas nesse sentido. Ricardo Salles, por exemplo, não tem o apoio do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apesar de contar com apoio de bolsonaristas do partido. Valdermar quer apoiar a tentativa de reeleição do atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).
Outra capital disputada é a do Rio de Janeiro. O cenário de disputa pela prefeitura carioca conta com o psolista Tarcísio Motta (Psol), Otoni de Paula (MDB) e Alexandre Ramagem (PL). Assim como na capital paulista, as eleições devem ser marcadas pela polarização política e pela tentativa de renovar o Executivo, uma vez que o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), tenta a reeleição.
Em Belo Horizonte, são pré-candidatos os deputados Pedro Aihara (PRD) e Rogério Correia (PT) e a deputada Duda Salabert (PDT). A capital de Minas Gerais atualmente é governada por Fuad Noman (PSD).
Outras capitais que também contam com três deputados no pleito são Campo Grande e Natal. Na capital sul-mato-grossense, os pré-candidatos são Camila Jara (PT), Marcos Pollon (PL) e Beto Pereira (PSDB), repetindo o embate direto entre PT e PL nas últimas eleições presidenciais.
Já em Natal, a polarização também se repete com Natália Bonavides (PT), Sargento Gonçalves (PL) e Paulinho Freire (União Brasil) tentando disputar o controle da capital do Rio Grande do Norte.
Apesar de a polarização entre esquerda e direita nas eleições municipais ser esperada, um cenário incerto se desenha na disputa por Fortaleza. O senador Eduardo Girão (Novo), único representante da Casa Alta a se lançar como pré-candidato à uma prefeitura, tem como possível adversário no pleito o deputado cearense André Fernandes (PL).
A candidatura dos dois parlamentares, no entanto, pode dividir a direita cearense na corrida eleitoral e reduzir as chances de eleição. Além disso, o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil) desponta como principal nome da direita em Fortaleza para enfrentar o atual prefeito José Sarto (PDT).