Em 2022, as crianças foram encontradas soterradas na fazenda pertencente ao grupo. Na ocasião, o MPT apurava três possibilidades: acidente, trabalho infantil ou negligência.
Durante as investigações, foram encontradas diversas irregularidades no local. Além de regras de segurança descumpridas, havia problemas relacionados a relação do vínculo empregatício dos funcionários.
O valor milionário referente ao acordo com o MPT vai para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), em 20 parcelas mensais de R$175 mil. Além disso, o grupo econômico deve implementar as seguintes medidas: realização de treinamentos; fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs); análises de riscos e supervisão técnica em obras e atividades de alto risco.
A conciliação com o MPT ainda abordou o sistema cooperativo adotado nas atividades agrícolas. Caso a empresa sul-coreana descumpra as cláusulas, deverá pagar multas que variam de R$50 mil a R$100 mil por item, dependendo da gravidade da infração.
O grupo
O grupo econômico envolvido no caso é sul-coreano e toca uma agroindústria em Formosa do Rio Preto. A empresa controla a Bom Amigo Doalnara Agropecuária Ltda. e outras seis empresas na região. Os funcionários do empreendimento são sul-coreanos e a produção é voltada para o mercado do país oriental.