Opinião
Em outubro do ano passado, o Nordeste foi responsável pela criação de 59.905 empreendimentos, ranking liderado pela Bahia, com 16.816, representando um aumento de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, a primeira e maior datatech do Brasil.
Datatech é um tipo de empresa que combina múltiplas fontes de dados usando diversas tecnologias de ponta, oferecendo soluções de inteligência analítica que ajudam pessoas e empresas a entender os riscos e as oportunidades na hora de tomar a melhor decisão em investimentos. No ranking, Pernambuco ficou em segundo lugar no Nordeste, com 10.696 atrações de investimentos, superando o Ceará (10.355), Estado que vinha em ascensão.
Em quarto lugar aparece o Maranhão, mas numa posição bem distante, com 4.735 empresas, enquanto a Paraíba, que parecia viver um boom, atraiu apenas 4.693 empreendimentos, posição que superou, entretanto, os demais estados – Rio Grande do Norte (3.899), Alagoas (3.557), Sergipe (2.678) e Piauí (2.676). Em todo o País, no mesmo período, foram registrados 394.710 novos CNPJs, o que equivale, em média, a uma nova empresa a cada cinco segundos.
Esse número representa um aumento de 16,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Ainda segundo o levantamento, o Sudeste, região mais rica e estruturada do País, criou 204.791 empreendimentos, seguido pelo Sul (76.991), enquanto Centro-Oeste e Norte tiveram 34.835 e 18.188, respectivamente. No recorte estadual, São Paulo lidera o ranking, com a criação de 123.782 novas empresas.
Do total de empresas abertas em outubro de 2024 no País, 290 mil foram no setor de “Serviços”. Na sequência, 75.737 no de “Comércio”, 23.929 em “Indústria” e 4.963 na categoria “Demais”. No que diz respeito à natureza jurídica, os “Microempreendedores Individuais” (MEIs) representaram a maior parcela de empresas criadas, totalizando 282.204. As Sociedades Limitadas abriram 89.158 unidades, no segundo lugar. Na sequência, foram abertas 13.257 “Empresas Individuais” e 10.091 novos empreendimentos classificados como “Demais”.
POLÍTICAS DE APOIO – “O ambiente de negócios dinâmico e as políticas de apoio ao empreendedorismo têm estimulado a abertura de novas empresas. A aceleração da transformação digital também permite que muitos empreendedores iniciem suas atividades com menos necessidade de capital inicial e enfrentam barreiras de entrada reduzidas. No entanto, para manter a saúde financeira dos negócios, é essencial ter acesso a recursos adequados, orientação assertiva e infraestrutura sólida para sustentar o crescimento a longo prazo e evitar riscos de insolvência”, analisa a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
Por: Magno Martins