A CIÊNCIA MATERIALISTA É MANCA

 

Saara Nousiainen

Em seu ensaio “Ciência e Religião”, publicado em 1941, Albert Einstein disse: “A ciência sem religião é manca; a religião sem ciência é cega”. Essa ideia reflete seu pensamento de que ciência e espiritualidade não precisam ser vistas como opostos, mas podem se complementar.

A evolução do conhecimento no mundo cristão acabou provocando o rompimento entre a religião e a ciência no século XIX. Os que não eram detentores da fé cega não podiam mais aceitar aquelas crenças antigas sobre Deus, a criação do universo e da vida etc., e a maioria deles, por não terem melhores respostas a seus questionamentos, passaram a negar tudo que pudesse ter “aura de religião ou espiritualidade”, tornando-se ateus.

Destarte, o materialismo passou a constituir a base da ciência, que acabou se cristalizando numa bolha de negação sistemática a quaisquer conhecimentos transcendentais, desconsiderando o fato de que, ao fechar-se assim, estava negando a si mesma, já que a sua característica é a busca, não a simples negação.

Em meados do século XIX, notadamente nos EUA e na Europa, começaram a ocorrer fenômenos paranormais em larga escala e aqueles que os manifestavam diziam ser espíritos. Em pouco tempo, tais ocorrências acabaram se transformando em jogos de salão, principalmente na França e na Inglaterra. Nesses jogos faziam-se perguntas aos “espíritos”, recebendo deles as devidas respostas.

Diante da celeuma que crescia em torno dos fenômenos, William Crookes, um dos membros mais respeitados da Royal Society do Reino Unido, com várias contribuições importantes para a Química e a Física, sendo um dos cientistas mais influentes do século XIX, foi solicitado por seus pares a pesquisar aqueles fenômenos, no intuito de ‘desmistificá-los’.

Assim, após três anos e meio de pesquisas, junto com vários colegas cientistas, estudando profundamente o fenômeno de materialização de espíritos, em todas as formas possíveis, informou seus pares sobre o resultado das pesquisas realizadas, concluindo: “Não digo: isto é possível; digo: isto é real”.

Diante disso, por ter afrontado o “status quo”, desestabilizando algumas bases da ciência materialista, Crookes, como seria de se esperar, foi muito perseguido, inclusive, com seus próprios pares buscando desacreditá-lo das mais diversas formas.

Por essa época, na França, Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor de Ciências, Matemática e Astronomia, autor de diversas obras didáticas adotadas pelas universidades do país, também passou a pesquisar tais fenômenos, fazendo perguntas aos espíritos e recebendo as respostas através da psicografia, principalmente de duas adolescentes, com 14 e 16 anos de idade.

Obs.: Essas adolescentes jamais teriam condições de responder a qualquer uma daquelas questões, comprovando a realidade do fenômeno mediúnico.

Assim, em 1857, usando o pseudônimo Allan Kardec, Rivail publicou “O Livro dos Espíritos”, com 1019 perguntas feitas aos Espíritos e suas respostas. Esse livro e os outros que se lhe seguiram, representam a codificação do Espiritismo, contendo verdadeiro universo de informações e conhecimentos que transcendem as barreiras da matéria e dos cinco sentidos, com esclarecimentos sobre Deus em sua inimaginável grandeza, a perfeição das leis universais, a Vida e clareando as mais intrincadas questões da alma humana.

Essa atualização nas bases da fé, entretanto, era de molde a abalar o formidável poderio das religiões cristãs em sua postura de representantes de Deus e detentores das chaves do Céu, por mostrar ao ser humano que ele é seu próprio condutor e que tão somente suas posturas, ante as leis divinas, é que irão definir sua situação, feliz ou infeliz, depois da morte do corpo físico.

Por conseguinte, como era de esperar, essa atualização, ou seja, o Espiritismo, sofreu fortíssima perseguição e continua sofrendo como, por exemplo, quando, do alto de muitos púlpitos, se ouve afirmações assim: “Tomem muito cuidado com o Espiritismo porque se trata de uma artimanha de Satanás a fim de levar vocês para o Inferno”.

Apesar de tudo, no entanto, grande número de cientistas continua desenvolvendo pesquisas no campo da Ciência Plena, ou seja, a Materialista aliada à Transcendental, essa que ultrapassa os limites da matéria e dos cinco sentidos, em busca de conhecimentos em outros níveis, ou seja, a Ciência da Vida.

Em vista disso, ela vem se fortalecendo cada vez mais e apresentando excelentes resultados com o avanço de tecnologias que já permitem detectar realidades antes invisíveis e intangíveis.

Também a Física Quântica, por exemplo, ao revelar a existência de universos paralelos, a se desdobrarem em inúmeras faixas vibratórias, confirma cientificamente a possibilidade de existir um Mundo ou Dimensão Espiritual, largamente informada e descrita pelos Espíritos.

Obs.: Interessados em conhecer grande número dessas pesquisas no âmbito da Ciência Plena podem encontrá-las no livro “O que Acontece Depois da Vida”, publicado no Brasil apenas no formato digital. O download é gratuito em https://umtoquedeesperanca.com

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