Professores queimam ‘Judas’ simbolizando governador Wagner em Juazeiro

Da Redação

Após 115 dias de um movimento histórico, a categoria suspendeu a greve iniciada em 11 de abril, durante a assembléia realizada na manhã da última sexta-feira (3), no Colégio Central, na Avenida Joana Angélica, em Salvador/BA. De acordo o Diretor da APLB sindicato em Juazeiro, Antonio Carlos, a suspensão da greve não acaba com o movimento.

“Recuamos da greve, mas ainda estamos em estado de mobilização e os professores estão colocando claramente que só irão dar aula definitivamente depois que o governo do estado devolver todo o salário retirado”. O diretor conta que a proposta do governo foi a de antecipar 14% de reajuste, sendo 7% em novembro deste ano e 7% no mês março no ano de 2013. “A luta vai continuar até porque em janeiro de 2013 nós teremos um novo piso salarial e o governo da Bahia vai ser obrigado a fazer revisão do valor do piso”, diz.

Na ocasião, ele disse que os 115 dias da greve foi um momento muito desgastante. “No sindicato nos representamos os trabalhadores em educação e não foi fácil ter que ficar 115 dias em greve, acredito que o governo da Bahia não terá mais coragem de enfrentar uma greve nesse nível. Colocamos a cara na rua e mostramos a insatisfação da categoria para o governador, infelizmente ele não conseguiu entender mais a sociedade entendeu que os professores que trabalham na educação tem razão”.

Por outro lado, ele alfinetou o governo Jaques Wagner (PT). “Nós não tínhamos nenhum interesse na greve o governador foi quem levou a categoria a entrar em greve, como levou os policiais também e outras categorias a aderirem à paralisação. A greve foi política contra a política de Wagner, onde queria fazer da educação um instrumento de última qualidade para ele ser cuidado, Wagner não cuida da educação, ele trabalha com o faz de conta e os resultados estão para todos verem, com certeza ele foi intransigente nessa causa”, disparou.

Emocionado, Antonio disse considerar que, apesar do corte de salários, do desgaste e das dificuldades, o movimento grevista foi positivo. “A avaliação que nós fazemos é a de que foi uma vitória. A categoria sai da greve mais fortalecida, mais aguerrida e mais unida, compreendendo que a luta é que faz a vitória. Tivemos uma participação excelente aqui em Juazeiro, começamos a greve com 53 escolas paradas, somente 1 que estava funcionando”, exaltou o diretor.

Na ocasião, o diretor diz que em Juazeiro, o calendário escolar inclui aulas até o fim de fevereiro e atividades aos sábados. “Vamos discutir o calendário de reposição de aulas, tendo aulas aos sábados e nos 5º horários também”.

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