Meu jeito de amamentar

Meu jeito de amamentar

 (Por Mário Pires)

Esta semana a repórter Fernanda Gentil, emocionou muitas pessoas, e eu fui uma delas, com a publicação de uma foto alimentando o seu bebê com uma mamadeira, e destacando a falta do leite materno, devido a inúmeros fatores que algumas mulheres podem ter e, assim, não poder realizar o tão sonhado momento de ver o seu filho ligado ao corpo através da mama. Achei muito legal e me enquadrei nessa publicação. Você pode pensar: “Mas como? Você não é mulher! Nem possui seios para, de fato, poder sentir o que uma mulher sente”. Sim, verdade. Concordarei com você que não sou mulher e não possuo os seios adequados. Mas há um fato muito importante e fundamental que destacarei no fim deste texto, que me credencia a sentir a mesma coisa. Vale salientar que, eu, como pai de duas meninas e, hoje, de um pequeno bebê, realizei, e realizo em vários momentos, a ação de alimentá-los com o olhar focado em seus olhos. Do meu jeito, senti e sinto a ligação quando os pequenos dedinhos se envolvem no meu dedo mindinho a procura da segurança, ao saciar a fome que lhes cometem. Quase sempre, retribuo o sorriso distribuído enquanto mamam, e até mesmo, no momento de desvio da atenção, quando há um movimento ao redor. Cada instante, é sentir no peito, ainda que não seja um seio, a emoção de vê-los crescerem dia a dia, proporcionando alegria, saúde e felicidade. Nós homens podemos não ter a mama adequada para amamentá-los, mas, muitos Pais, como eu, sem desmerecer cada mama que alimenta as crianças em todo o mundo, não precisamos delas. Porque, no nosso caso, o que amamenta/alimenta, não é o seio. E sim, o Amor compartilhado.